quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Negociar com Rei Morto dá nisso.

Definitivamente, eu tenho medo dos políticos da NOVA GERAÇÃO (Sérgio Cabral, Aécinho, Cassab...) pela falta de malícia no que diz respeito a costura de apoiamentos políticos.
Essa análise vai ser longa e eu conto com a paciência dos amigos, levar a linha de raciocínio até o fim, como diriam os portugueses SEGURA QUE LÁ VAI:
A reeleição fácil de Cabral Filho e sua proximidade com o já ex-presidente Lula, parece ter subido a cabeça do governador e ele assim relaxou da mobilização e do convencimento dos outros entes da federação, sim, já que alguns parlamentares resolveram fazer dessa pendenga um cavalo de batalha para faturar e para se reeleger (sejam os governadores e parlamentares) passando uma falsa impressão de que o Rio de Janeiro é RICO e não precisa do dinheiro do Petróleo.
E é justamente isso que o Governo do Estado NÃO FAZ, em momento algum foi mostrada as mazelas que a logística do Petróleo nos faz sofrer, as obras para os oleodutos, o tráfego de veículos pesados no transporte de seus derivados, as cidades do Norte Fluminense que estão e continuaram sofrendo o BUM do Ouro Negro e que crescem sem a infra-estrutura necessária, a qualificação da mão-de-obra que precisa ser qualificada e apenas o dinheiro do FAT não seria capaz disso e outros desafios que sem dinheiro não podem ser vencidos.
Enquanto o Governador Sérgio Cabral agir como tecnocrata, falando apenas do impacto econômico - financeiro da medida para o estado e não mostrar aos irmãos dos outros estados da federação o quanto com esse dinheiro está complicado e sem ele vai ficar ainda pior.
Mas existem outros aspectos que devem ser levados em consideração: Cabral ter dito no twitter hoje que havia fechado acordos com Lula e seu ministério, foi em última análise ingenuidade da parte dele, já que qualquer pessoa com habilidade e tino sabe que negociar alguém em fim de mandato, é o mesmo que fazer planos com um moribundo, ele morre, seus planos morrem junto.
Por que Cabral Filho, não aproveitou sua proximidade com a Presidenta e não costurou acordo de barrar essa tentativa de tungar os cofres cariocas.
Outro fato é, infelizmente, a bancada do Rio de Janeiro, não inspira confiança e as rusgas da campanha ainda estão afloradas, Cabral não contava em ficar sem seu lacaio fiel, afinal JORGE PICCIANE não se elegeu, e um dos seu lobos (Lindinberg ou Crivela) pode queixar-se plenamente (qualquer um dos dois) de ter sido deixado em segundo plano pelo governador, isso faland0 apenas do Senado Federal, já que para a Câmara dos Deputados ele conta com com o incomodo Anthony Garotinho puxando o cordão dos "espíritos de porco".
Pois é amigos, não bastasse tudo isso, Cabral pode ser sim, candidato a sucessão de Dilma em 2014, se ela não repetir os índices de popularidade do chefe, já que o PMDB vê com bons olhos a projeção política do seu governador mais promissor, então ele joga todo seu poder de articulação nesse momento delicado, que seria a perda do dinheiro do Pré Sal.
Afiem suas foices e preparem seus óculos de infra vermelho, afinal quem estiver melhor equipado sai do escuro com alguns arranhões e os que ficarem no campo de batalha, podem ter suas carreira política maculada por esse episódio.
As cenas dos próximos capítulos prometem ser muito emocionantes.

3 comentários:

  1. Gostei Eduardo. Muito bem colocado. O governo não abre mão do osso dele, para com isso redistribuir renda pelo país, querem é avançar nos estados que não têm mais dinheiro nos cofres públicos para manter sua infra-estrutura. E para piorar, não direciona investimentos do governo federal. A CF já faz o repasse dos impostos para todos os entes da nação. Então porque raios o governo federal não mexe na fatia dele? hahhah.. essa pergunta vale um milhão. Abraços, e quando puder visite meu blog: terceiro-turno.blogspot.com

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  2. Vc está correto em quase todas as afirmações, apesar do que no meu entendimento, fazer afirmações políticas é sempre muito perigoso, pois no próximo cafezinho tudo pode mudar. Eu apenas acho que $ergio Cabral não é bobo, e se ele está fazendo pacto com Lula, aquele que vc chamou de "já ex-presidente", eu acho que ele deve muito bem saber o que ta fazendo. Esse pacto pra mim só deixa uma coisa bem clara, ou seja: de ex-presidente Lula não tem nada. ele vai continuar governando e Dilma é só mais uma testa de ferro como tantas que já vimos na política, seja no Brasil ou no exterior. Tivemos um exemplo bem claro na Argentina recentemente. Quanto as pretensões de Cabral vir candidato em 2014 eu concordo, com muito menos popularidade, com muito mais pessoas contra, o ex-governador Garotinho, com apenas 1 mandato, foi candidato, lembra? eu não vou ficar surpreso se cabral tb vier. abraços. @FlavioNep

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