OPINIÃO:
- Ah com certeza, Faustão furou fila, ele quando mandava abraça, colocava uma porrada de médico na frase, então tá na hora de cobrar esse "carinho".
Uma pessoa realmente apaixonada por política, escrevendo sobre sua paixão...
A infeliz declaração do governador do Estado de Minas Gerais, o empresário e filiado ao Partido Novo, ROMEU ZEMA, sobre a criação de um consórcio Sul Sudeste para fazer frente aos avanços conquistados atualmente por estados do Norte e Nordeste, jogou luz sobre uma problemática que a muito tempo se discute no país, O SEPARATISMO, movimentos que visão por diferentes motivos separar unidades da federação ou regiões inteiras do nosso pacto federativo.
Movimentos separatistas de outrora e atuais, só demonstram que determinados movimentos que visam "diferenciar" unidades federativas tem em sua maioria das vezes motivações econômicas em primeiro lugar, e eu ajudo a ilustrar a vocês essas problemáticas.
Alguns pensadores e teóricos econômicos fomentam que o tratamento de algumas unidades da federação deveria ser diferenciados por conta do grau de investimento e de desenvolvimento produzido por essas unidades, o que sob o prisma econômico (pura e simplesmente) não é despresável e pode sim encontrar bases sólidas de fundamento, porém carecem de um arcabouço filosófico que as fundamentes e principalmente as embasem.
Vamos usar como exemplo, as industrias de São Paulo, cujo movimento separatista mais conhecido foi o de 1932 que apesar de ter como pano de fundo, uma insatisfação com o Golpe promovido por Getúlio Dorneles Vargas, tinha entre seus ideários a independência do Estado baseado justamente do tanto de desenvolvimento alavancado pela "Capital Econômica do País" (entre parênteses por conta desse título não existir formalmente).
Por mais que São Paulo seja junto com Minas Gerais (e aí a fala quase GOLPISTA de Romeu Zema) há que se pensar filosoficamente: SÃO PAULO E MINAS TEM CONTINGENTE HUMANO NATIVO CAPAZ DE SUPRIR AS NECESSIDADES DE MÃO DE OBRA DEMANDADAS POR TANTO DESENVOLVIMENTO.
Pois é, enquanto os robôs humanoides não tomarem os postos de trabalho, é a mão do trabalhador nordestino e do norte brasileiro que abre portas e constrói paredes que calcificam esse desenvolvimento.
E bom salientar que a própria construção civil por exemplo é alavancada pelo dinheiro suado ganho pelos irmão do norte nordeste que vem para o Sudeste, Sul e para o Centro Oeste em busca de trabalho e de oportunidade, que compra materiais de construção para construir um futuro de aposentadoria na sua terra natal, quando esse objetivo é alcançado.
Não me causa e nem causará surpresa alguma se eventualmente outros governadores resolverem encampar a ideia como Eduardo Leite do Rio Grande do Sul, porém num ambiente político já bastante polarizado, principalmente expondo essas realidades regionais, já que é atribuída a região nordeste da vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parece que mais sangue está sendo jogado no tanque de piranhas que se tornou o debate político brasileiro.
A proposta de solução está basicamente no campo filosófico e sociológico, temos de nos lembrar que nossa nação apesar de sua grandeza e extensão territorial e realidades completamente diferentes a transpor fronteiras estaduais, nossa soberania e economia não é dissociada e fruto de apenas um estado, apesar de produzida nele, são as mãos de todos os brasileiros que balançam o berço e produzem as divisas que nos tornam essa nação tão grande e desenvolvida.
E por fim, por mais desanimador que seja, Zema não será o último dirigente de uma unidade federativa que terá a "brilhante ideia" de requentar um debate tão velho e tão desnecessário para um país tão bonito e tão irmanado como o nosso.
Dentro desse humilde texto, farei questão de citar dois "Rodrigues" que aliás não tem nenhum grau de parentesco que eu sabia, mas que são igualmente sábios pensadores do futebol e da sociedade como um todo.
Nelson Rodrigues, em sua profunda sapiência dizia que o futebol é a coisa mais importante dentre as menos importantes e ele tem toda razão, uma família, não pergunta ao pai ou a mãe se o filho será católico, evangélico ou terá uma outra religião, se o filho será de esquerda ou de direita, ou mesmo se será hetero ou não, a questão que suscita paixões é pra que time seu filho torce ou vai torcer...
Sim meus amigos, as paixões que permeiam o esporte bretão (que não é o sexo que também é outro esporte bretão), nos mostram que o lúdico toma conta do imaginário e principalmente das discussões mais acaloradas das pessoas nos bares, lanchonetes, transportes e repartições pública, entre outros foros, a ponto de criar rivalidades e de criar inimizades por conta do desempenho dos clubes, e é aí que nosso tema se desenrola.
O Campeonato Brasileiro deste ano tem uma grata surpresa, é liderado por um time de vasta história e principalmente, grande contribuição para seleção brasileira, o Botafogo de Futebol de Regatas (no Rio de Janeiro só o Fluminense não tem regatas entre seus nomes), sim senhoras e senhores, o Botafogo que por muito tempo foi coadjuvante no futebol nacional, tendo inclusive caído algumas vezes para segunda divisão do brasileirão, após transformar-se em SAF (Sociedade Anônima do Futebol - ou Clube Empresa) e capitaneada por um americano chamado John Textor, passou a tratar o clube de forma profissional, cuidando de forma zelosa de seus jogadores, a ponto do time não viajar mais em voos de carreira (na grande maioria das vezes em voos fretados), ter um excelente centro de treinamento e administrar de forma eficiente "seu estádio" (ele é arrendado a prefeitura do Rio de Janeiro) o Nilton Santos (popular Engenhão - por estar encravado no bairro ferroviário do Engenho de Dentro - Zona Norte do RJ).
O Botafogo não é o único a se tornar SAF, temos Coritiba, Bahia, Cruzeiro, Cuiabá e Vasco da Gama que experimentam essa nova realidade econômica do futebol nacional, acontece que outro fenômeno também se apodera do esporte dos 11 contra 11, as BETS, casas de apostas virtuais, que movimentam um bom dinheiro e chamaram a atenção do governo federal no que tange a regulamentação e taxação. Mas o quê tem a ver o ânus com as calças? Eu respondo RIGOROSAMENTE TUDO, afinal ambos veem o futebol como negócio e empresas como todos sabem, fazem parcerias e o que impede uma SAF de ser patrocinada por uma BET ou uma BET ter entre seus acionistas uma SAF, juridicamente falando, NADA.
Bom, o texto já está bem longo, mas serve de ponto de partida para esse tipo de reflexão, afinal na 18ª rodada aconteceram placares que olhando para tabela e principalmente para o qualidade dos clubes, não deveriam ter acontecido e que na verdade podem ter beneficiado essas casas de apostas virtuais. A saber.