segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Separatismo uma breve história.

 

Zema só jogou luz sobre um tema que nunca deixou as discussões, principalmente no Sul e no Sudeste.



        A infeliz declaração do governador do Estado de Minas Gerais, o empresário e filiado ao Partido Novo, ROMEU ZEMA, sobre a criação de um consórcio Sul Sudeste para fazer frente aos avanços conquistados atualmente por estados do Norte e Nordeste, jogou luz sobre uma problemática que a muito tempo se discute no país, O SEPARATISMO, movimentos que visão por diferentes motivos separar unidades da federação ou regiões inteiras do nosso pacto federativo.


        Movimentos separatistas de outrora e atuais, só demonstram que determinados movimentos que visam "diferenciar" unidades federativas tem em sua maioria das vezes motivações econômicas em primeiro lugar, e eu ajudo a ilustrar a vocês essas problemáticas.


        Alguns pensadores e teóricos econômicos fomentam que o tratamento de algumas unidades da federação deveria ser diferenciados por conta do grau de investimento e de desenvolvimento produzido por essas unidades, o que sob o prisma econômico (pura e simplesmente) não é despresável e pode sim encontrar bases sólidas de fundamento, porém carecem de um arcabouço filosófico que as fundamentes e principalmente as embasem.


            Vamos usar como exemplo, as industrias de São Paulo, cujo movimento separatista mais conhecido foi o de 1932 que apesar de ter como pano de fundo, uma insatisfação com o Golpe promovido por Getúlio Dorneles Vargas, tinha entre seus ideários a independência do Estado baseado justamente do tanto de desenvolvimento alavancado pela "Capital Econômica do País" (entre parênteses por conta desse título não existir formalmente).

    

            Por mais que São Paulo seja junto com Minas Gerais (e aí a fala quase GOLPISTA de Romeu Zema) há que se pensar filosoficamente: SÃO PAULO E MINAS TEM CONTINGENTE HUMANO NATIVO CAPAZ DE SUPRIR AS NECESSIDADES DE MÃO DE OBRA DEMANDADAS POR TANTO DESENVOLVIMENTO.


            Pois é, enquanto os robôs humanoides não tomarem os postos de trabalho, é a mão do trabalhador nordestino e do norte brasileiro que abre portas e constrói paredes que calcificam esse desenvolvimento.


            E bom salientar que a própria construção civil por exemplo é alavancada pelo dinheiro suado ganho pelos irmão do norte nordeste que vem para o Sudeste, Sul e para o Centro Oeste em busca de trabalho e de oportunidade, que compra materiais de construção para construir um futuro de aposentadoria na sua terra natal, quando esse objetivo é alcançado.


         Não me causa e nem causará surpresa alguma se eventualmente outros governadores resolverem encampar a ideia como Eduardo Leite do Rio Grande do Sul, porém num ambiente político já bastante polarizado, principalmente expondo essas realidades regionais, já que é atribuída a região nordeste da vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parece que mais sangue está sendo jogado no tanque de piranhas que se tornou o debate político brasileiro.


        A proposta de solução está basicamente no campo filosófico e sociológico, temos de nos lembrar que nossa nação apesar de sua grandeza e extensão territorial e realidades completamente diferentes a transpor fronteiras estaduais, nossa soberania e economia não é dissociada e fruto de apenas um estado, apesar de produzida nele, são as mãos de todos os brasileiros que balançam o berço e produzem as divisas que nos tornam essa nação tão grande e desenvolvida.


        E por fim, por mais desanimador que seja, Zema não será o último dirigente de uma unidade federativa que terá a "brilhante ideia" de requentar um debate tão velho e tão desnecessário para um país tão bonito e tão irmanado como o nosso.

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