sexta-feira, 2 de setembro de 2022

UM ATENTADO QUE MUDOU A ARGENTINA OU ABISMOS SOCIAIS CADA VEZ MAIS PROFUNDOS.

 



    O atentado contra a ex presidente e atual vice presidente e presidente do Senado Cristina Kirchner criou uma comoção enorme na Argentina por conta principalmente da situação em que o mesmo ocorreu (Ela estava na porta de seu apartamento na RECOLETA  um bairro de classe média alta argentino) graças a uma falha de sua equipe de segurança que possibilitou que um indivíduo chegasse a ela portando uma arma de fogo e tendo realizado o disparo que não ocorreu por um problema na arma (e não como disse o presidente Jair Bolsonaro da imperícia do utilizador do artefato).
    Não é para menos, afinal a Argentina enfrenta uma crise econômica SEM PRECEDENTES onde o governo de Alberto Fernández, no qual Kirchner está inserido, tem sofrido golpes e vem sendo questionado dioturnamente.
        Acontece que assim como no Brasil, o confronto midiático entre esquerda e direita sem sido o molho dos embates sobre os rumos da Argentina e um fato nisso tudo acabou por respingar no Brasil, por pura ironia do destino.
        O autor do atentado é um brasileiro (nascido no Brasil, porém de pai Chileno e mãe Argentina) em suas redes sociais costumava comparar o momento brasileiro e a condução da economia pelo presidente da república e seu ministro Paulo Guedes, o que fez com que milhares de pessoas já se apressassem em ligar o autor a forma de ver as questões relacionadas a violência.
        Kirchner é defensora de políticas de subsídios aos mais pobres que são os que mais sofrem com a escalada da inflação argentina e isso obviamente não agrada aos liberais argentinos, com isso, uma das motivações para o atentado podem estar justamente aí.
        Estamos a um passo disso aqui no Brasil, no momento delicado em que vivemos e nas ameaças constantes as instituições e as pessoas.
        

quinta-feira, 10 de março de 2022

PÓS PANDEMIA (ou quase pós)



    Eu fiquei um bom tempo sem escrever sobre nosso contexto político, até por quê muito coisa mudou, estou esperando meu 2º filho (primeiro da minha esposa) e passei bons pedações como todo brasileiro, mas sou brasileiro e professor (então não desisto nunca), e com esse limão vamos fazer uma limonada (ou uma caipirinha, vai depender do gosto do freguês), acho que é o momento de já falar de PÓS pandemia (eu coloquei o PÓS em letras maiúsculas pra chamar a atenção mesmo, NÃO ESTAMOS NO PÓS ESTAMOS DENTRO DELA, mas parece, que caminhamos para o estágio endêmico, assim abordaremos aquelas questões que eu gosto dentro de um mesmo tema: Político, Social, Econômico e como não existem implicações religiosas, eu vou falar de implicações de saúde pública.

IMPLICAÇÕES POLÍTICAS:
    No Brasil, como no mundo, a máxima "sairemos da pandemia melhores" não se aplicou ao espectro, basta uma olhada rápida para os noticiários: Endurecimento das questões diplomáticas, surgimento de preceitos ditatoriais e ações totalitárias, aumento significativo da corrupção e da falta de controle dos organismos públicos, empobrecimento das relações interpessoais agravando a individualidade das pessoas e claro explosão da violência, como fator político.
    Então, nossos políticos tem aproveitado que a imprensa cobriu de forma ostensiva a questão pandêmica e como diria o ex ministro de meio ambiente, passou a boiada em medidas impopulares, no Brasil principalmente.
    Aqui em nosso país, temos, uma peculiaridade é justamente a de que as maldades acontecem ATÉ A ELEIÇÃO, pois no período pré eleitoral, nosso leões virão afáveis gatinhos.

IMPLICAÇÕES SOCIAIS:
    O avanço da pandemia e principalmente, as medidas de distanciamento social, refletiram no acirramento da individualidade dos seres humanos, isso é, se já tínhamos a tendência de olhar para o nosso próprio umbigo, essa tendência se agravou e em alguns casos gerou conflitos sociais bastante significativos, principalmente considerando, que essa distancia que nos foi imposta, nos agravou em alguns casos preconceitos que já combatíamos.

IMPLICAÇÕES ECONÔMICAS:
       As implicações política e sociais sozinhas criam crises fenomenais, agora pensa, na casa que não tem pão, aquela que todos gritam e ninguém tem razão, muita gente perdeu com o distanciamento social, a possibilidade de renda ou pior perderam a própria geração dessa renda, agravando assim o quadro nefasto que nos jogou na encruzilhada em que estamos hoje.

IMPLICAÇÕES DE SAÚDE PÚBLICA:
    Mesmo com o caminhar da pandemia para uma condição endêmica, ainda sim, se aponta com facilidade, as implicações positivas e negativas das questões de saúde pública, nos aspectos positivos, o reforço as normas de higiene pessoal e de prevenção de doenças (máscaras e distanciamento) ajudaram a atravessar essa fase ruim.
    Já os aspectos negativos dessas implicações são: O questionamento a rapidez com que a medicina avançou, a desconfiança de setores menos esclarecidos da sociedade quanto a eficácia de tratamento, a ineficácia de outros e principalmente da efetividade das vacinas e principalmente, a tentativa de criminalizar ações sanitárias, além é claro da exposição do colapso dos órgãos de saúde pelo mundo.

    Dito isso tudo a melhor das análise ou das tentativas de previsões é "Se não saímos melhoras da pandemia, em face do distanciamento, que o calor humano da volta, nos faça evoluir", mas nessa premissa, temos uma antítese incutida: as novas relações de trabalho sejam em sua questão jurídica, como nos próprios costumes (a adoção do trabalho híbrido e do home office por exemplo).

    Assim, essa análise no fundo, bem no fundinho é a expectativa de melhora nas relações interpessoais e com nossos governos, senão, olharemos de olhos arregalados para o abismo.