quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

GUERRA MIDIÁTICA OU MENTIRAS E VERDADES...

Em política aprendemos que um pronunciamento tem diversos propósitos, e o pronunciamento da presidente Dilma na sua primeira reunião ministerial e em suas primeiras palavras a imprensa e a nação depois da posse, ela tinha recados específicos para serem dados, num desses recados, este blogueiro vem enxergando alguns posicionamentos que me parecem importantes, até para a recente história digital de nosso país.
Uma das frases que ela proferiu nesse discurso, converge para uma batalha midiática nos próximos meses "Não podemos permitir que a falsa versão se crie e se alastra. Reajam aos boatos (ministros) sejam claros, sejam precisos, façam-se entender" 
(fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/01/dilma-pede-ministros-para-reagir-aos-boatos-e-defender-o-governo.html)
Não sou apenas apaixonado pela política, mas pelas redes sociais, já que cada vez mais, elas representam uma fonte inesgotável de informação, logicamente, que esse informação, tal e qual uma pedra preciosa precisa ser garimpada e principalmente lapidada.
Na campanha que reelegeu a presidente, vimos uma guerra nas redes sociais, TODAS indiscriminadamente, foram palco de bate boca por parte dos perfis oficiais dos candidatos e principalmente de suas milícias digitais (perfis sérios, fakes (falsos) e robôs), onde informações foram veiculas, defendidas e até desmentidas em função da contenda eleitoral.
Fato é, que hoje, mais do que realizar, um governo precisa explicar suas realizações de forma objetiva e clara. Já que isso é praxe nas realizações, deve ser também nas contingências, que é o que parece estar acontecendo, o governo precisa contingenciar suas despesas e para isso, tomou medidas impopulares (aliás medidas essas que acusou seu maior opositor de fazer, caso esses vencesse), que parecem e são retrocessos aos direitos adquiridos pelos trabalhadores, ativos, temporariamente inativos e suas pensionistas.
Eu não vou me aprofundar nas explicação sobre se ela mexeu ou não no queijo dos trabalhadores de uma forma geral, porém, confesso que como todo mundo, que essas mexidas governamentais afetam um número muito grande de pessoas.
Estamos as vésperas de mais uma guerra de bytes e bites, mais uma vez, não é a ação que importa e a informação ou contra informação.
É lamentável, mas infelizmente teremos de conviver com mais essa.

É o que temos para hoje.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

AUSCHWITZ NO BRASIL.

Hoje uma das páginas mais degradantes da história mundial, mais uma vez se descortina para todos nós, sim a libertação dos prisioneiros e a divulgação das atrocidades patrocinadas pelos nazistas na rede de campos de concentração de Auschwitz (Polônia), não podemos aceitar atrocidades parecidas no mundo que vivemos, porém, percebemos que Auschwitz está cada vez mais perto de nós:
- No Rio 40º Graus, onde as crises de água e energia dificultam para o povo pobre possibilite se proteger do calor e seus efeitos, AQUI TEM AUSCHWITZ,
- Nas favelas e suas cercanias, onde as balas se perdem e depois se encontram no dorso de cidadãos que não participam diretamente da guerra urbana do dia a dia, ALI TEM AUSCHWITZ,
- Nos gabinetes refrigerados dos parlamentares e mandatários, onde a decisão não é "O que fazer para amenizar o sofrimento do povo?" e sim "Onde cortaremos verbas, para fazer superavit e continuar com nossas regalias?", LÁ TEM AUSCHWITZ,
- Nas conduções impontuais, quentes e superlotadas, que ferem frontal de diretamente a dignidade humana, CÁ TEM AUSCHWITZ.
Não nos damos contas mas AUSCHWITZ está hoje em todos os lugares, onde a dignidade humana é subjulgada e principalmente posta aos porcos, como carne putrefacta, que resistiu a incineração. Lembremos sim dos milhares que perderam suas vidas naqueles campos nazistas, porém elevemos nosso pensamento também aos pequenos núcleos de AUSCHWITZ ao qual somos submetidos dia após dia.
POR MAIS QUE FECHEMOS OS OLHOS, NO BRASIL, AUSCHWITZ AINDA EXISTE E CADA VEZ MAIS FAZ VÍTIMAS TÃO SILENCIOSAS E INDEFESAS QUANTO NA SUA IRMÃO SETENTONA POLONESA.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

LEI DE TALIÃO e a SOBERANIA NACIONAL

Eu sou confessamente adepto da boa "Lei de Talião" cujos indícios são discutidos não apenas pela sua aplicabilidade, mas pela sua eficácia e eficiência, mas propor uma discussão nesse mote aqui no blog é procurar "Sarna para se coçar" e eu só gosto de entrar em divididas quando efetivamente elas valem a pena.

No recente caso do Instrutor de Voo Livre, Marcos Archer (carinhosamente chamado em São Conrado de Curumim) a coisa extrapola a questão do ser contra ou a favor da pena capital, vai necessariamente sobre a discussão da soberania nacional a que os países tem direito, e que no Brasil não fazemos valer e negligenciamos nos outros, tá achando bobagem? Vejamos juntos:

- Um dos casos mais antigos de negligência no que tange as questões relacionadas a soberania é o caso lendário do "Assalto ao Trem Pagador, onde o BANDIDO LADRÃO Ronald Biggs fugiu para o Brasil e como a época não havia tratado de extradição por crimes comuns, Biggs não apenas curtiu seu rico dinheirinho, como virou uma espécie de "ponto turístico" em Santa Teresa, já que neste caso, o crime não era político ou de gravíssima ameaça aos diretos humanos, o Brasil ERROU ao não extradita-lo.

- No caso do choque entre o Legacy e a Aeronave da GOL, Lepore e Paladino (Joseph Lepore e Jan Paul Paladino respectivamente piloto e co-pilota da aeronave Legacy, causadora do incidente que resultou numa das maiores tragédias da aviação nacional) ERROU a justiça brasileira em ceder a Diplomacia Americana e deixa-los sair livres sem cumprir pena ou responderem ao processo com privação de liberdade em face dos problemas causados.

- Archer (Curumim) em alguns depoimentos se gabou do trabalho de mula que fazia para o tráfico internacional, sabia dos riscos que corria, pagou pra ver, achando que "sua estrela iria brilhar novamente" (palavras do próprio) e não iria ser morto, mas a justiça da Indonésia atendendo aos seus ritos e preceitos, não apenas encaminho-o para morte, como não aceitou aos pedidos de clemência da diplomacia brasileira.

Atualmente, a diplomacia brasileira se movimenta para tentar evitar outra execução de brasileiro pelo mesmo crime (tráfico internacional de entorpecentes) e parece querer tomar a dianteira na luta contra as execuções, o que pessoalmente, ACHO PERDA DE TEMPO, pois a questão é cultura dos países que adotam a pena capital.

O Papa Francisco vai me desculpar, mas jogar a culpa nos católicos que apoiam que os países cumpram suas leis, de acordo com suas tradições, é uma falha, pois qualquer católico é contra a perda de vidas, só que aprendemos que devemos respeitar as diferenças culturais dos povos pelo mundo.

Não nos deixemos contaminar pelo minimalismo dos pensamentos, pelas tendências impostas pela tv ou ainda pelas tentativas de retomar uma tradição cultural brasileira, ENCOBRIR UM ESCÂNDALO COM OUTRO ou COM UMA NOTÍCIA MAIS CHOCANTE, administremos nossas opiniões tomando por base o discernimento e principalmente a coerência.

É o que temos para hoje.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Até onde vai a tolerância do ser humano?

Acho que meu primeiro post de 2015 estaria mais para o filosófico do que para o político, porém vamos que vamos...
O atentado que vitimou 12 funcionários (entre eles jornalistas) do periódico Charlie Hebdo (uma espécie de pasquim francês) é mais um capítulo da intolerância dos seres humanos, mesmo que num campo onde as discussões são acaloradíssimas, como o religioso, intolerância essa que mancha de vermelho uma "guerra santa" que parece nunca vai ter fim.
Como um grande amigo Gustavo Rocha (siga em @gf_rocha) postou em sem microblog "Hoje a Espada foi muito mais forte que a Pena. Mais forte, mais cruel, mais intolerante...", essa discussão é como discutimos madrugada a dentro, muito mais complexa que simplesmente "quem venceu", trata-se de uma discussão que envolve dogmas, conceitos e principalmente fé.
Não quero, pagar aqui de "senhor da verdade" ou "pai da razão" pois como disse outro ícone religioso tão ou mais cultuado que o profeta Muhammad: "Atire a primeira pedra aquele tem não tem pecado.".
Vivemos uma sociedade em que a piada passou a ser mais importante que a responsabilidade pacifista, onde o "perco o amigo, mas não a piada" deixou de ser um mote e se tornou uma filosofia, onde não interessa o tamanho das profissões de fé que um determinado grupo ou sujeito tenha, meu humor é maior que ela.
Somos tão fortes e despojados, para atacar aquilo que em tese é de domínio público (como a fé), tão apressados em jogar "pedra na Geni", sem saber se é mesmo a "Geni" que se deseja apedrejar, tão mesquinhos em achar que nossas prioridades são maiores que as prioridades coletivas, que isso, tem deflagrado micro-guerras e pequenos conflitos não apenas entre nações, mas entre nós mesmos.
A história, revela um série de tentativas de se combater radicalismos, porém não se dá conta de um radicalismo muito mais próximo: O radicalismo humorístico.
Não venham os defensores da liberdade de expressão (até por quê sou um deles) dizer que isso é "justificar o estupro" dizendo que a culpa é de uma jovem que posa com roupas sensuais, provocantes e que realçam suas curvas e formas, pois um estupro é uma ação marginal praticada muitas das vezes individualmente, já um ato terrorista é coletivo (muita das vezes), discutido entre essas células e posto em prática, na tentativa de voltar os olhos atônitos do mundo para uma realidade de opressão ou de oprimido, dependendo do ponto de vista desse grupo.
Percebemos juntos que a tolerância é algo relativo, até por quê, somos intolerantes com críticas aos nossos dogmas e completamente passivos quando tratamos por exemplo de aflições maiores, como a corrupção, a ganancia e principalmente o exagerado individualismo ao qual somos submetidos paulatinamente, nos isolamos cada vez mais em nossas cascas e quando nos unimos, procuramos seres de casca e aflições iguais as nossas, não dando bola, para aflições que podem parecer maiores.

Somos todos Charlie??? Talvez. Somos todos vítimas??? Nem sempre. A única certeza que temos é de que somos TODOS SERES HUMANOS, e como tal, devemos agir, POIS SOMOS TODOS DOTADOS DE CONSCIÊNCIA, QUE DEVERIA PAUTAR NOSSA TOLERÂNCIA.

E sim, eu também estou chocado com essa barbárie, mas sejamos mais comedidos em nossas "piadas".