quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

“Dai, pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21)

A cassação de uma instrução normativa que isentava os pastores de imposto de renda sobre seus GANHOS, vai deixar muito líder como  DIABO NO CORPO...

    Ontem ouvindo rádio, fiquei sabendo da norma que isentava os líderes religiosos de terem seus proventos (chamado de prebenda) e de sua cassação por parte da equipe econômica do governo federal, sei também que tem muito líder religioso que tá como diabo no corpo em relação a essa nova mudança.
    Eu de verdade não entendo essa gritaria, afinal em Mateus capítulo 21 versículo 22 tá lá escrito “Dai, pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” e de verdade, o contexto dessas palavras deveria ser uma máxima entre os líderes religiosos, mas "tem método" afinal o clero, alto e baixo, sempre teve essas benesses em todas as áreas, e a história sempre contemplou essas regalias.
    Em todas as épocas a religião sempre foi utilizada como instrumento de manipulação e de alienação das pessoas, os líderes políticos (imperadores e reis) se valiam do clero para validar a divindade de seu poder (sou poderoso pois Deus (ou os deuses) quis assim).
    A relevância dos líderes religiosos desde os primórdios, então, tem importância singular para os governantes. "Mas Eduardo, qual a relevância desses líderes hoje e por quê é tão importante essa blindagem econômica?"
    Pra começar essa explicação, a gente precisa voltar para o início do fenômeno pastores eletrônicos (Jimmy Swaggart é o baluarte dessa era) num momento onde as liberdades de pensamento e sexuais começaram a atingir seu auge, a propagação da palavra, também ganhou notoriedade e relevância, ganhando espaços em rádios e televisões.
    "Vender fé" é algo relativamente fácil em tempos tão complexos e difíceis, e numa sociedade onde os homens falham, há que se recorrer ao divino, e as "novas divindades" havidas por poder (econômico ou político) ganham púlpito capaz de chegar a mais ouvidos e perpetuar a combinação divindade e poder.
    Mas saindo do aspecto histórico, poder de influência nos dias atuais tem um preço altíssimo, e as isenções fiscais dadas aos líderes servem como uma compensação para os pastores que funcionam ou se prestam a funcionar como alienadores.
    Algumas dessas denominações montaram esquemas financeiros e empresariais COMPLEXOS, onde pendurado ao CNPJ da igreja tem veículos de comunicação, gravadoras, agências de publicidade, instituições financeiras e até empresas de táxi aéreo, tudo "em nome de Jesus" o que afronta nossa inteligência e principalmente nossa boa vontade.
    A tarifação desse ganhos primários, as tais prebendas pra alguns líderes nem fazem cócegas, mas alarmam, uma entrada do Estado na caixa preta dos ganhos e no dinheiro que circula nessas instituições.
    É de conhecimento público, que algumas instituições também servem ao crime organizado, lavando dinheiro através das doações e de empresas fantasmas, branqueando esses valores.
    Já passou da hora, dos impérios religiosos serem passados a limpo, afinal, se todos os setores pedem isenção, vai sobrar pra quem o pagamento de tributos?


quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Lá como aqui...

Meliantes de invadiram e ameaçaram jornalistas e equipe durante um programa
que aborda justamente o tema violência.

 


    Os recentes episódios de violência que colocaram o Equador em Estado de alerta máximo e que pelo que sabemos até agora, tem um brasileiro (que fazia "churrasco brasileiro" numa das províncias equatorianas, cuja família inclusive já pagou parte do resgate pedido por uma das facções criminosas e ainda não conseguiu reunir o restante dos recursos.

    O que se percebe, é que lá como aqui, a violência urbana explodiu, com ação perceptível dos grupos paramilitares de narcotraficantes com intuito de gerar instabilidade institucional dando a entender que quem manda no país é o crime.

    Movimentos de privatização dos serviços públicos (mas especificamente dos cárceres e  da própria segurança pública conforme informações abaixo:
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2024/01/09/crise-no-equador-deriva-da-privatizacao-da-seguranca-publica-diz-professor.htm

    Não é privatizando que se chega a eficiência dos serviços públicos, está mais que provado, porém, privatizar a segurança pública, algo que é sensível a população, pode ter consequências desastrosas, como as que observamos no Equador.

    Lá como aqui, será uma intervenção contundentes das forças armadas para erradicação do movimento, e no meu humilde entendimento o problema está justamente aí.

    Eu já foi muito contra o emprego das forças armadas na segurança pública e usava o exemplo de que, essa força funciona como um pitbull dilacerador de membros, portanto se empregada de forma incorreta pode tornar o problema ainda maior.

    As forças armadas são força de assalto, e por isso a força desproporcional ao lidar com segurança pública, há a necessidade de se usar um cálculo dosimétrico do emprego desta força, que tem homens bem treinados e armamento suficiente para dar conta dos marginais.

    Acontece que não se trata apenas de "soltar o bicho" e deixar ele eliminar o problema, danos colaterais serão percebidos e lá como aqui, não se sabe se a população e a economia do país serão devidamente protegidos dessas mazelas.

    A questão é que o "poder paralelo" lá como aqui, resolveu "peitar" o Estado e gerar instabilidade que pode ser mera cortina de fumaça para encobrir alguma operação espúria, mas que também pode ser uma investida efetiva para tomada do poder e dilaceração do Estado de Direito, tanto lá como aqui.


segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Silêncio eloquente.

O pres. da Câmara dos Deputados na última hora disse não a presença nos atos de 08/01


 

Não é exatamente uma surpresa a ausência do deputado ALAGOANO e presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, dado seu histórico político recente e principalmente sua vaidade e ganancia eleitoral, e não se trata de uma ilação da minha parte, ainda que este cronista seja um democrata e um defensor do Estado Democrático de Direito, acho que vale revisar algumas atitudes do presidente de uma das casas do nosso bicameral legislativo.


Projeto de Renan Calheiros

Alagoas tem uma safra malévola de políticos, vale destacar exemplos como Fernando Collor de Mello, Renan Calheiro e agora Arthur Lira, todos esses sempre envolvidos e investigados por mau uso dos recursos públicos, nepotismo, corrupção e outros atos deploráveis contra justamente a democracia, pois cada um dos crimes relatados fere a constituição que é o parâmetro mais importante de um Estado Democrático.

Aliás Renan e Lira são adversários ferrenhos e seus embates ultrapassam as linhas institucionais indo parar nas páginas de fofoca e principalmente expondo seu caráter duvidoso (de ambos os lados).

Lira remete inclusive as práticas de Renan enquanto dirigente do Senado Federal, parece em alguns momento que Lira deseja ser uma espécie de Renan da Câmara.


"Cuidado eu tenho um congresso na mão"

Desde 2021 quando numa aliança com o ex presidente Jair Bolsonaro alçou o poder, e arregimentando um grupo faminto de deputados e com influência sobre alguns senadores, Lira parece ter inaugurado uma espécie de presidencialismo legislativo, onde os atos do executivo, na administração de suas contas públicas são de certa forma "auditados" e redimensionados por ele e seus asseclas. 

Instrumentos de barganha como "emendas do relator", "orçamento secreto" e o turbinada das "verbas de gabinete" garantem um reinado que Lira parece ter incorporado e que culmina nessa negação da participação do ato democrático.


Projeto pessoal de poder

Arthur Lira, ao que parece, já foi inclusive cogitado a concorrer a presidência da república (um paradoxo pois ele sabe perfeitamente que sentado em sua cadeira consegue procrastinar um governo e paralisar sua evolução), e no MEU ENTENDIMENTO, parece que a mosquinha do poder picou e contaminou Lira de forma tal a inclusive morder a mão que alimenta seu poder, justamente a democracia.


É por essas e outras, que a ausência de Lira fala muito mais pelo seu simbolismo, do que exatamente, pela desculpa esfarrapada dada pelo presidente ao dizer que problemas de saúde NA FAMÍLIA lhe tiraram do evento, desculpe com o poder que tem ele poderia perfeitamente pegar um avião (de carreira ou não) ir a Brasília, participar desse ato e retornar para o seio de sua família, eu quero lembrar que mães deixam seus filhos as vezes ardendo em febre e vão trabalhar pois seus patrões não tem o mesmo beneplácito do contribuinte, que aliás, paga muito caro pelo congresso nacional que se tem, não será lembrado por seu espírito público, mas pelos acordos e tratos que celebra, em sua grande parte a bem do interesse nacional.




sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Retrato em branco em preto


Retrato em branco e preto de uma tentativa de golpe ou pelo menos uma tentativa de desmoralizar o Estado Brasileiro e suas instituições.


    Brasília fara um ato em desagravo aos acontecimentos que culminaram nos acontecimentos do dia 08/01, algumas discussões historiográficas e sociológicas, no campo das ciências políticas precisam ser passadas a limpo, principalmente, para não prejudicar o teor dos atos que aconteceram nessa próxima segunda feira.
    
    O Brasil parece não ter se acostumado com a democracia, pois em qualquer crise institucional evocam-se forças estranhas ao quadrante democrático, ou achar que ainda existe "poder moderador" quando essa instituição não é contemplada no arcabouço constitucional.

    Realizado esse preâmbulo é inacreditável que alguns governadores de Estado, ainda que não sejam do espectro ideológico governamental vigente, não participem do ato convocado pelos três poderes da república.

    Não se trata de um ato político partidário, por mais que se sugira isso (afinal hoje, a democracia parece ser um valor de esquerda e a liberdade um valor de direita, ainda que liberdade esteja relacionada com responsabilidade), trata-se da democracia sendo cultuada e venerada pela sociedade, afinal, nada se estabelece se este valor político social não se garantir.
    
    Por mais que existam arestas a serem aparadas entre os dos campos ideológicos (principalmente suas alas mais radicais) nada, deveria se sobrepor ao ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO pois qualquer coisa fora disso flerta com o totalitarismo e principalmente com o fascismo, algo que o mundo não cansa de experimentar.

    Enfim, que os governadores que optaram por não participar desses atos passem pelo escrutínio de suas federações, afinal somos uma república federativa, e que essas federações possam compartilhar conosco as impressões sobre esses governadores que parecem não se importar com a democracia e com a integridade das instituições. 
 

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

LANCELLOTTI E A TÁVOLA NECESSÁRIA.

Pe. Julio Lancellotti é em última análise, o maior entusiasta do termo solidariedade nos dias atuais.


    Antes de começar a descer a lenha nessa media esdrúxula adotada pela Câmara Municipal de São Paulo e mais especificamente por iniciativa de um vereador eleito com RECURSOS E PROJEÇÃO DO MOVIMENTO BRASIL LIVRE (MBL) é importante falar um pouco sobre o que é o POVO DA RUA (ou população de rua como os burocratas dizem), são pessoas que por necessidade ou por que foram compelidas (econômica, social, psicológica e por segurança pública - isso mesmo pessoas são expulsas de suas comunidades por novas facções que tomam o poder) a permanecer na rua, e nela habitarem, no que no meu entendimento, já enseja, uma política de assistência social (e eu sempre defendi isso aqui) para essa população marginalizada, em países de Europa, essa população já tem uma política pré definida e os governos dão assistência em eventos extremos (frios e calor).
    Dito isso, no campo político, é execrável a atitude esdrúxula e totalmente contrária aos princípios da solidariedade e da humanidade tomada pela CMSP dada a autoria do Vereador Rubens Nunes (rubinho é o carvalho eu disse carvalho) de inquirir o PADRE JÚLIO LANCELLOTTI sobre de onde vem o dinheiro que financia as ações da Pastoral do POVO DA RUA.
    Vereador, qualquer criança de 5 anos que frequenta a catequese, qualquer pessoa com o número mínimo de neurônios, qualquer idiota útil (feito v.excia) sabe perfeitamente que obras pastorais contam com o dinheiro doado pelos fiéis da igreja católica.
    Imagina que esse gênio da raça (como diria Reinaldo Azevedo) deva se perguntar, "Pô mas esmola alimenta esse povo todo?", bom aí eu evoco qualquer membro de rede social (que seja a do "X", ou a da exposição física desnecessária, instagram ou mesmo do facebook) que conhece o trabalho do Padre Julio, ainda, que não seja da Cidade que não dorme jamais, para explicar ao vereador que muitas das vezes as doações e eventos que resultam em doações na rede são revertidos ao padre.
    Pode ter dinheiro do crime organizado (principalmente o pessoal que vende crack nas ruas do Centro da Capital Paulista)? Claro que pode (não no sentido permissivo da resposta, mas no sentido afirmativo mero e simples, afinal, doações nem sempre são identificadas) da mesma forma que tem dinheiro sujo, irrigando a contabilidade de igrejas pentecostais, dinheiro de empresários inescrupulosos dando sustentação a "movimentos populares" e "gerando" líderes populares como o senhor vereador Rubens Nunes, ou simplesmente lavando dinheiro de atividades ilícitas de gabinetes parlamentares de membros de certos movimentos também... Tudo deve ser investigado pela POLÍCIA, uma CPI em ano eleitoral com o senhor vereador já ilustrado como pré candidato, não chega nem ser canalha, pois canalhice de fato é não reconhecer que o trabalho do padre Júlio acaba por suprir lacunas que a prefeitura de SP deveria resolver, aliás o nobre vereador deveria ao invés de inquerir um clérigo do alcance do Pe. Júlio em busca de holofotes, propor uma política de assistência social a população de rua, coisa que eu tenho certeza absoluta que não foi feito e se foi, não deve ter nenhuma proposta concreta e sim programas hipotéticos.
    Defender a pastoral do povo de rua na pessoa do padre Júlio Lancellotti deveria ser um dever de todos os cristãos, todos os cidadãos e principalmente dos comerciantes do Centro de SP, final, muitos dos incidentes de segurança pública são ocasionados por pessoas famintas e que necessitam de auxílio social, em crime de ocasião, claro que tem, mas concordo que manter o povo da rua ocupado, com curso de capacitação e alimento, com certeza, seria uma ideia genial e olha que eu nem sou paulistano.
    Para finalizar um recado ao vereador Rubens: Ele atraiu pra si e principalmente para seu movimento olhares famintos por esse compliance, afinal, se o senhor está buscando lisura no assistencialismo privado (afinal a igreja católica apostólica romana e seus movimentos são pessoas jurídicas de direito privado) naturalmente vossa excelência não deixou nenhuma rabo, no que tange a utilização do dinheiro público não é???