sábado, 30 de julho de 2011

O Brasileiro: Manso, passivo e despolitizado.

Hoje um batalhão de idéias rondaram minha cabeça hoje, queria muito escrever, mas estava completamente desmotivado, pois por mais que tenhamos esperanças de que algo vá mudar, nada, eu disse NADA, efetivamente muda.
Analisando profundamente os motivos de absolutamente nada mudar, está em 3 palavras que pretendo dissecar nesse novo post:
Mansidão: O brasileiro é um povo manso, tudo que lhe dão consomem, tudo que lhe oferecem ele aceita, tudo que é "imoral" ele repudia, tudo que é de engordar, ele não come... Em teoria isso até tem uma certa justificativa, pois infelizmente questionamos pouco e principalmente não enjeitamos absolutamente nada. Até mesmo uma COPA DO MUNDO que ninguém queria fazer e foi colocada em nosso colo de 'GRAÇA".
Passividade: Nossa passividade é latente, principalmente quando somos incapazes de nos levantar contra as atrocidades grandes como: O Assassinato do menino JUAN, o Caos na saúde nacional, a sanha dos agentes públicos por pôr a mão em algo que não lhes cabe e por aí vai. e quanto mais mazelas e descasos vemos, quanto maior a repercussão, menor capacidade do povo dar um "BASTA" em tudo isso.
Despolitização: É lógico que podemos abordar essa face do brasileiro de forma bem realista: Quando nos ocupamos em comentar "o sorteio da copa do mundo" a comentar: "quanto essa festa tá custando..." estamos esquecendo do principal: Nós é que estamos dando essa BANQUETE, afinal foram 30 milhões foram gastos nessa nababesca festa, onde o povo, ficou de fora, gritando FORA RICARDO TEIXEIRA.
Pois bem, a vida segue seu curso: As verbas públicas sendo saqueadas por políticos e nós mantendo a mansidão, passividade e despolitização... não tem jeito.

domingo, 24 de julho de 2011

A Politica do "Deixar pra lá..." e as Bolhas do mundo moderno.

Face a resposta positiva do nosso post anterior, resolvi versar mais uma vez sobre nossa inércia enquanto cidadãos e como nossos governantes adoram essa atitude.

E fato consumado que os serviços prioritários, que são garantidos pela constituição, estão em regime falimentar: Saúde, Educação e Transporte figuram entre os pior serviços que nossos governantes nos oferecem, dada a carga BRUTAL de impostos que pagamos, o grande problema está numa atitude que passo a relatar a seguir:

Face a melhora da nossa economia e principalmente a inoperância dos serviços acima descritos vimos crescer assustadoramente a política do "Eu não quero depender da Saúde Pública" ou "A Educação Pública é um desastre, meu filho não estuda nesse lixo"ou ainda, "Transporte Público, eu não agora eu posso, tenho um carro zero, ónibus nunca mais..." Pois é, essas pensamentos são justamente os que os governantes querem e os que os mega empresários adoram...

Quando desdenhamos a Saúde Pública e recorremos os préstimos dos serviços particulares de saúde, estamos em primeiro lugar AUTORIZANDO O GOVERNO A INVESTIR AINDA MENOS NA SAÚDE PÚBLICA, dizendo nas entre linha: "Não precisamos do sistema de saúde pública", assim não temos nenhuma moral para protestar quando nós ou nossos filhos se nos acidentamos, e prioritariamente, como manda a LEI, somos socorridos num fétido e superlotado hospital, afinal, desacordados ou inconscientes não temos condição alguma de solicitar que nos removam para a unidade mais próxima de nosso PLANO DE SAÚDE, e corremos aquele maravilhoso risco de vir a óbito numa ambulância do SAMU. ou mesmo estirador numa maca da emergência de um desses hospitais.

Quando colocamos a culpa na Educação que a rede pública oferece para justificar os ENORMES gastos com educação particular, estamos garantindo em primeira instância uma Educação excelente para seus filhos, porém está se esquecendo do FUNDAMENTAL, não serão seus filhos que lhe proverão serviços durante sua vida toda, você sempre dependerá de alguém que teve uma educação deficitária graças a renúncia de nossos governantes em oferecer uma Educação de qualidade.

Quanto aos transportes, o reflexo é ainda mais imediato, ENGARRAFAMENTOS, ESTRADAS MAL CONSERVADAS, COMBUSTÍVEL EM FALTA e outras mazelas enfrentadas pelos motoristas.

Dá pra se concluir assim o seguinte: Nossa total inércia afim de cobrar de nossas "autoridades incompetentes" que a grana que recolhemos dos nossos impostos seja melhor aplicados, afim de evitar a falência de nossa civilização enquanto sociedade e principalmente, afim de erradicar os abismos sociais que nos impõe.

Porém, infelizmente essas palavras aqui escritas podem acabar vazias pois, nem todo mundo pensa da mesma forma, as pessoas preferem permanecer trancadas em seus mundos e aproveitando sua prosperidade virtual, enquanto esta ainda existe.

Mas haverá um dia que caminharemos para essa reflexão, TUDO ESTÁ RUIM COMO ESTÁ POIS EU PREFERI PAGAR PARA NÃO ME ABORRECER...


Isso é tudo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Dá pra se envergonhar de gostar de política.

Queria compartilhar um segredo com meus amigos que costumam ler essas mal redigidas linhas: SOU APAIXONADO POR POLÍTICA, me sinto um ser de outro planeta, por gostar tanto de algo que tantas outras pessoas abominam, e que batem no peito justamente dizendo "Eu odeio política..." e dizendo mais "Esse pessoal que gosta de política ou é maluco ou não curte mulher."
Bom então deixa eu tentar esclarecer: EU NÃO SOU MALUCO (pelo menos não está comprovado) e GOSTO MUITO DE MULHER, mas isso só posso provar as mulheres.
Mas tenho que concordar com quem não gosta de política: É muito complicado gostar de algo que nos causa tanto sofrimento e dor, mas queria lembrar que vivemos um ciclo, e quero descrever esse ciclo aos caros amigos:
Sabemos que nosso país precisa se desenvolver, sob todos os aspectos, e votamos (obrigatoriamente) em quem nos parece MENOS PIOR, diante de todos os outros péssimos exemplos.
Este que nós achavamos ser o mais correto, entra em alguma escala de poder (independente de qual seja), este se deslumbra, se acha maior que seu mandato (mandato esse dado por nós) e passa a versar sobre outras possibilidades de fazer uma sociedade mais justa, ABANDONANDO, as primeiras promessas e reflexões.
Mais uma vez, a gente se ilude, ou mesmo NÃO se ilude, e continua votando, até por que é obrigado a isso. mas ainda sim, com esperanças de que a sociedade mude, que a cabeça dos governantes também mude, ou mesmo, que aquele que nós elegemos, represente nossos pontos de vista e não os abandone.
Mais uma vez o eleito se deslumbra, quer alçar voos mais altos, quer alavancar novas promessas e mais uma vez, vem pedir nosso OBRIGATÓRIO VOTO.
E assim, continuamos elegendos CESARES, SERGIOS, MARCELOS, BRIZOLAS, LULAS, FERNANDOS, PICCIANIS e por aí vai...
Mas cabe a nós, somente a nós renovar isso tudo, tentar por gente lá dentro (como costumamos dizer) que nos defendam, que nos representem e principalmente QUE NÃO NOS TRAIAM.
Faça uma reflexão profunda sobre o que seu voto proporcionou ao seu município, seu estado ou eu país, nos últimos tempos, e se chegar a conclusão que seu voto não construiu algo sólido ou mesmo se encheu de orgulho com ele, VENHA PRA O MEU MUNDO, passe a votar refletindo antes.
Forte abraço a todos.

sábado, 9 de julho de 2011

A polícia e a Política - uma análise descompromissada.

Eu queria começar esse texto, fazendo uma referência ao Ex Governador Leonel Brizola, ele dizia que quanto mais escolas fossem abertas, menos cadeias necessitariam ser feitas.
Apesar de sempre acharem que o caudilho no fundo "protegia bandido", "era populista"e "queria era inflar as favelas", Brizola era realmente muito preocupado com o ranço do regime militar que nossas polícias sempre tiveram de "atirar primeiro e perguntar depois..."
Marcelo Alencar, ao invés de enveredar para o caminho da Educação, construindo escolas, fez o caminho inverso, criou gratificações para quem "matasse bandido" respaldando ainda mais a política do enfrentamento.
Quando finalmente parecia que uma política de segurança iria se voltar para as comunidades marginalizadas, o que vemos foi a retomada do Estado de áreas onde ele não entrava na base do "Urutu" e na base do aviso: "Sai bandidagem, que o Estado vai entrar de sola..."
Mas pra onde foram esses bandidos que a "vitoriosa" estratégia das UPP's defenestrou das comunidades da Zona Sul, e do entorno do cinturão do estádio do Maracanã?
O caso Juan responde a essa pergunta, acrescentando justamente um aspecto novinho em folha: Policial de critério hoje, está na Zona Sul, forte a minha afirmativa?, não é não, e eu provo.
Durante as ocupações das UPP's poucos tiros e poucos confrontos aconteceram, porém na Zona Oeste, região Metropolitana de Niterói e São Gonçalo e Baixada Fluminense, o pau vem quebrando sistematicamente, os comandantes de Batalhões da PM parecem fechar os olhos para essa realidade, ou mesmo o tom dos confrontos realmente parece ter arrefecido.
Gente, posso pegar o exemplo do Comandante do 14o Batalhão - Comandante Djalma Beltrami que parece perdido em sua área de atuação, afinal os piores confrontos estão justamente na sua jurisdição: VILA VINTÉM, VILA KENNEDY, VILA ALIANÇA, a bandidagem tá fazendo a festa, os confrontos parecem intermináveis, e o comandante parece fazer sempre o paliativo, o pau tem comido e ele não larga o osso.
Pois bem, parece que a Polícia virou problema político, policiamento e politicagem não caminham juntas, podem acreditar.

Forte abraço a todos.

domingo, 3 de julho de 2011

Loucura, Loucura, Loucura...


Eu tenho me perguntado: "Por que não se encara a segurança pública como uma política de Estado, ao invés de trata la como política ELEITOREIRA?", pois bem, hoje resolvi refletir mais profundamente sobre esse tema.
Concordo plenamente que o Estado do Rio de Janeiro teve uma lacuna gigantesca entre o governo Leonel Brizola, que foi fantástico no que tange a Educação mas foi LASTIMÁVEL no que diz repeito a segurança pública, das idéias "revolucionárias" do Governador Sérgio Cabral, com a reinvenção de algo que o próprio Brizola criou mas não implementou de forma consistente: Policiamento ostensivo comunitário - ou as UPP´s comemoradas principalmente pela população da Zona Sul carioca.
O grande problema é que a ação da autoridade polícia parece como sempre, mal planejada, descoordenada e principalmente, desprovida do espírito público de servir a POPULAÇÃO sem olhar a classe social, a escolaridade ou mesmo o peso na pagamento dos impostos, senão vejamos:
No caso mais emplemático de violência que debatemos atualmente, o menino Juan Moraes, 11 anos desapareceu misteriosamente após uma DESASTRADA BATIDA POLICIAL, onde além dele, seu irmão e um trabalhador foi alvejado por tiros.
Existem muitas perguntas a serem respondidas nessa ação descoordenada e desqualificante operacionalizada pelos policiais, mas a pergunta que mais urge é "Onde está Juan???"
Não vou versar sobre o tema, afinal, meu conhecimento sobre segurança pública é tão maior que sobre pescaria (lhufas) deixo pra o "TROPA DE ELITE" RODRIGO PIMENTEL da Vênus Platinada, a tarefa de deixar falação sobre esse episódio.
Mas, quero aqui deixar minha indignação para algo que vi no "CALDEIRÃO DO HULK" de ontem 02/06/2011, onde o apresentador, com o apoio do José Jorge duma onde de Vigário Geral (que por acaso também é apoiada pela Vênus Platinada) levou o ator americano Ashton Kutcher para um "passeio" na maior favela da América Latina, que aliás NÃO SE ENCONTRA PACIFICADA, ROCINHA, favela essa onde o próprio governo do Estado historicamente costuma ter dificuldades ENORMES para entrar e implantar políticas sociais.
Vejam senhores, Luciano poderia levar Mr. Kutcher para qualquer das favelas atualmente pacificadas no novo modelo UPP, como fez o governador ao trazer BARAK OBAMA para a CDD (Cidade de Deus), mas não, desafio GOVERNO E BANDIDAGEM levando o para um "Exótico" dia dos Namorados brasileiro.
Não quero dizer com isso que a comunidade da Rocinha seja um "império do mal", porém, enfatizo que O PODER PÚBLICO, EM QUALQUER DE SUAS ESFERAS TEM DIFICULDADES MUITOS GRANDE PARA CHEGAR A COMUNIDADE.
Seria Luciano que tem sobrenome (ou codinome sei lá) de super herói um excepcional costurador de alianças aliado a outros "embaixador da paz" esse tal "JJ do Afroreggae", ou o ESTADO INCOMPETENTE em sua política de segurança que como disse, lá na cabeça do texto, é totalmente DESCOORDENADA.
Não me atrevo a responder a essas perguntas, afinal, pelos impostos que pago, MEREÇO que alguém pense nisso por mim.

FORTE ABRAÇO