segunda-feira, 22 de abril de 2024

Qual o tamanho que o ESTADO precisa ter?


A máquina do Estado já foi comparada a elefantes

    É bem provável que você já tenha ouvido a seguinte frase: "O Estado brasileiro é muito grande" para justificar o fato de que pagamos muitos impostos, numa conversa com meu pai, ele, que é marceneiro, trabalhou anos a fio e agora é um aposentado, falou essa frase, de onde ele tirou a ideia? Muito possivelmente de algum "pensador" que relaciona a eficiência da máquina pública ao seu tamanho e aos investimentos financeiros que são feitos a ela, que não são obviamente proporcionais ao que contribuímos com nossos impostos, mas isso é culpa de quem: Do Estado, dos seus operadores, daqueles que atuam no serviço público ou nosso mesmo? Eu discutir cada uma dessas visões de mundo, mas é inútil, é mais fácil discutir o tamanho de nossas carências e de nossa demanda reprimida por serviços públicos ao fazer esse tipo de discussão onde o cachorro corre atrás do próprio rabo.
    Hoje por exemplo, saiu uma matéria no Estadão (na verdade não uma matéria, mas um editorial que expressa o pensamento de seus editores e da linha editorial do jornal), https://www.estadao.com.br/opiniao/uma-falha-inaceitavel/?utm_source=twitter:newsfeed&utm_medium=social-organic&utm_campaign=redes-sociais:042024:e&utm_content=:::&utm_term= que reflete esse dicotomia e essas distorções da realidade, onde a reclamação era sobre a diminuição da contratação dos agentes de endemias.(popularmente conhecidos como mata-mosquitos)
    Eu posso facilmente puxar matérias questionando a necessidade de profissionais de endemias com aquele argumento "mas eles só fazem isso...", e sempre que se fala do tamanho do Estado, sua eficiência é colocada em xeque, porém algumas reflexões devem ser feitas e todas elas se enquadram perfeitamente os agentes de endemias:
- Tamanho continental do Brasil: Nosso país é o quinto maior país em extensão territorial, e vale destacar que o fato de fazer fronteira com diversos países de realidades diferentes e ter um número muito grande de biomas e de realidades geográficas, nos faz por si só um grande desafio para administração pública, que tem que enfrentar todas essas dificuldades físico políticas.
- Grandes disparidades econômicas: Por mais que as federações (Estados) que compõe o País (Estado) seja iguais perante a constituição, elas tem realidades e economias completamente diferentes, tendo por isso carências e necessidades igualmente diferentes, o que demanda que sua administração entenda essas federações em suas particularidades em sub regiões, tornando necessário ainda mais gente para desenvolver, coordenar e fiscalizar as políticas estatais necessárias para realização dos serviços básico, grita-se muito sobre as questões relacionadas a eficiência do Estado, mas não vejo ninguém se questionar "Tem Estado pra todo mundo?" nossos irmãos indígenas por exemplo, ainda tem povos isolados que falam dialetos completamente diferentes da nossa língua portuguesa, mas que precisam ainda que não saibam da proteção do ESTADO.
    Existem outras discussões a serem feitas, o que tornaria esta opinião uma tese de mestrado ou doutorado, na tentativa vã de  garantir que o Estado não seja julgado pela sua eficiência e sim pela sua efetividade, mas com certeza só com esses argumentos, muito militante do Partido Novo vai rebater minha teses, portanto eu prefiro ficar com esses argumentos e dizer: Lembra dos MATA MOSQUITOS que vocês tanto criticavam como uma profissão que "nem deveria existir", fala isso agora pra alguém que está na fila dos hospitais convalescendo de dengue por exemplo.

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Reflexo de nós.

 

Somos o reflexo do que cultivamos, a falta de educação
 de nosso povo, nos levou a essa encruzilhada em que estamos metidos.

    Ao que parece, os últimos acontecimentos, evidenciam que estamos vivendo uma belíssima encruzilhada moral, moral essa que vive sendo proclamada por setores da sociedade, os mesmos setores que infelizmente caçoam e de eventos como o do morto levado ao banco ou não dão importância a fatos que são gravíssimos com o menino que morreu de bullying e de agressões por parte de colegas ou ainda com a esperança que renasce com a escritora que sobreviveu a ataque de 3 cães da raça pittbull e que vai dedicar sua vida a levantar a auto estima de crianças que como ela perderam membros.

    Em cada uma dessas notícias, existe uma faceta dessa sociedade que morre aos poucos senão vejamos:

- Apressaram se em condenar a mulher que levou o "tio" morto para apanhar um empréstimo, mas já se cogita a hipótese dele ter entrado VIVO dentro do estabelecimento bancário e que a espera pelo atendimento, somada as doenças que ele já tinha, o mataram, porém essa sociedade lacradora, prefere fazer memes e hits, expondo a pessoa do que entender sua verdadeira realidade e o que a levou a não perceber que seu "parente" jazia antes mesmo de assinar sua sentença (o referido empréstimo de 17 mil reais).

- No caso do jovem que morreu em Praia Grande, a coisa é ainda mais estupefaciente, temos a omissão de dois entes importantes do Estado que deveriam nos ser garantido por força da lei (saúde e educação), pois na escola não identificaram o problema sofrido pelo pelo jovem, nas mãos de outros jovens, e dos prontos socorros que não identificaram a lesão, que resultou na sua morte, é inacreditável, que as duas instituições não tivessem olhado para o jovem de maneira ao menos piedosa.

- Quanto a escritora que "nasceu novamente" depois de ser atacada por 3 pittbulls foi amparada pelo braço do ESTADO na Segurança e na Educação e está pronta para seguir com usa vida, fazendo desse limão, uma bela limonada, onde ela vai começar a escrever para crianças com membros amputados, tentando devolve-los a esperança que lhe é abundante depois das dessagraras, dum ataque covarde, cometido por cães criados por idiotas igualmente covardes, que pensavam exclusivamente em si, nem nos pobres animais eles pensaram.

    Tudo isso para entender, o nível de empatia que você tem com todos esses fatos, se nenhum deles lhe fez chorar, se nenhum deles lhe fez refletir sobre a volatilidade da vida humana ou ainda não lhes fez em algum momento indignar, você com certeza tá apto a viver nessa sociedade que está morta, justamente enquanto sociedade.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Rocket Man

 

A esquerda ganhou seu "homenzinho do foguete", Alexandre de Moraes ganhou um desafio a altura e o Brasil, como sempre, ganhou mais um problema pra chamar de seu.

    Donald Trump durante um conflito com Kim Jong Un, disparou chamando o ditador Chinês de "homenzinho do foguete", mas depois se encontrou com ele, numa prova de que política como bem disse Magalhães Pinto é como nuvem, não fica parada num lugar só...
    Fica redundante um homem com conhecimento político como eu, ficar divagando sobre a necessidade do Elon Musk, todo poderoso dono da Tesla, do Twitter, da Space X e de outras empresas de sonhos mirabolantes e de realidades já devidamente conhecidas, em discutir com o Supremo Tribunal Federal na figura de Alexandre de Moraes.
    O fato é que, Musk quer construir uma realidade no mundo real, que ele já vive na virtual e em suas empresas, uma influência mundial e quem sabe ultra planetária, mas você deve estar se perguntando, porque Elon resolveu colocar a mão no vespeiro da democracia brasileira? Qual a necessidade de acionar o "apito de cachorro" e fazer toda extrema direta brasileira e no mundo, visto os pronunciamentos inclusive do líder do chega Andre Ventura além de outros ficar novamente em polvorosa? Em que realmente o todo poderoso Mr. Musk está mirando?
    As empresas do grupo de Musk exploram sonhos: Internet via satélite, automóvel, possibilidade de expandir o cérebro (o tal chip que comanda coisas) e o sonho de ir ao espaço, um homem com esse poder todo, precisa de um país pra radicar suas operações e ser amado, tanto a simpatia das pessoas, e nada mais interessante que fazer da terra brasilis, já combalida com seus conflitos internos, como a nova Pátria X. Pode até ser conjuntura o que estou especulando, mas vamos olhas para seu histórico como cidadão.
  Musk é sul africano, e sua família fez fortuna com minério e diamantes produzidos na Africa do sul nos tempos do aparteid, por isso não é o empresário propriamente um desbravador, ele contou com a mão amiga do dinheiro da família para "empreender".
    Desde então sua empresas coleciona subsídios de governos como China, Índia e Estados Unidos, para suas empreitadas, o que não faz dele um empresário inimigo do Estado, afinal, tem dinheiro estatal em seus empreendimentos.
    Então, com a relação com a China, fica claro que Musk não tem interesse em "salvar democracias" ele quer estabelecer o twitter território livre para delinquência, algo que ganha eleição, já contei aqui neste blog como Bolsonaro ganhou diversas plantando notinha na coluna do finado Ricardo Boechat através de seu assessor Waldir Ferraz.
    Musk, quando o twitter baniu a conta de Trump por disseminação de noticias falsas, ao comprar o empreendimento, reativou a conta do ex presidente e disse que ali seria um lugar de liberdade, mas ele mesmo, baniu contas de jornalistas que divulgavam a localização de seu jato particular, sob pretexto de segurança pessoal, porém não acionou a justiça pra isso, fez sua própria justiça.
    Em face do exposto tire suas próprias conclusões, os dados estão dados pela grande imprensa, minha tarefa é apenas e tão somente auxiliar na reflexão.
    
    


sexta-feira, 5 de abril de 2024

O INIMIGO INTERNO E EXTERNO DE NETANYAHU.


Crianças morrem de fome, enquanto Tel Aviv decide quantas mais devem morrer.

     Como analista político que sou, nunca poderia me furtar a emitir parecer sobre o conflito armado em questão, afinal, dizer que o que acontece entre Israelenses e Palestinos é uma guerra, eu mesmo já demonstrei aqui que não é verdade.

    Acontece que os acontecimentos, no desenrolar desse conflito, não apenas na seara militar, mas também no ambiente político internacional tem colocado Beijamim Netanyahu numa grande encruzilhada, fazendo cada dia e cada novo erro, mais indesejado não apenas dentro de seu país como no mundo inteiro, duvida, vamos passo a passo.

    O início do conflito, apesar dos outros conflitos entre palestinos e israelenses serem históricos e muito distantes de um final, deu legitimidade ao premier de Israel para o início do conflito armada, já que o ataque realizado pelo grupo extremista Hamas, deu o direito de defender o território e principalmente buscar os reféns feitos no âmbito do conflito.

    Acontece que, no desenrolar do problema, foi se entendendo que Netanyahu não queria proteger sua população do perigo eminente apenas e tão somente, quero na verdade, aniquilar os palestinos residentes em Gaza, usando não apenas os meios militares, mas usando a fome e as privações de saúde para isso, o que não é nem aceitável e muito menos um ato humanitário.

    Ao definir o que acontece em Gaza como um genocídio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi execrado por sua oposição interna, porém foi seguido, ainda que timidamente por vários líderes mundiais, inclusive o presidente Norte Americano Biden, o que de certa forma, colocou Lula e Netanyahu em rota de colisão, fazendo do brasileiro inclusive persona non grata em Israel.

    O ultimo ato dessa ópera macabra foi o bombardeio e morte de voluntário que estavam em Gaza promovendo segurança alimentar aos palestinos, frente a falta de humanidade israelense que inclusive alveja a tiros quem quer que busque comida jogada "pelos doadores" no front, uma ato que a comunidade mundial vê com desagravo e principalmente com reprovação, tornando cada vez mais insustentável o posicionamento de Israel no conflito.

    Quando as cortes internacionais e os organismos como a ONU, pouco fazem, pois pouca força tem, então das duas uma, ou o mundo se une numa pressão econômica a Israel para que se acaba a carnificina em Gaza e que se sentem a mesa, PALESTINOS, ISRAELENSES, SÍRIOS E IRANIANOS, sim pois os dois últimos também vem sendo bombardeados por Israel, ou a sanha territorial de Netanyahu não terá fim.


quarta-feira, 3 de abril de 2024

E chegamos aos caos nos transportes.

Bilhões gastos num sistema de transporte que já nasceu morto.

    Eu venho escrevendo neste mesmo blog paulatinamente sobre o eminente colapso a que os transportes no Rio de Janeiro estavam propensos, pois bem, esse dia desgraçadamente chegou, e não foi por falta de informação e principalmente de aconselhamento que chegamos nisso, tantos mestres em transportes públicos aliados aos palpiteiros (e eu me incluo nesse segundo grupo) de plantão, alertavam para não escalabilidade e principalmente integração de fato dos transportes no município de uma das maiores capitais do Brasil, o que afugenta ainda mais investimentos e mentes para trabalhar pelo desenvolvimento da caixa de ressonância do país.

    O fato é que a forma estabanada que se criou o corredor TRANSBRASIL insistindo em integrar SOBRE RODAS todo o município do Rio de Janeiro, esquecendo que as alternativas sobre trilhos (Metrô e Trens) são obsoletos, precisam ser readequados e principalmente, estão sendo sofrendo sucateamento e um insistente esvaziamento em detrimento desse JÁ FALIDO sistema sobre rodas, demonstra que não se praticam políticas públicas voltadas para o cidadão, mas sim, para as pretensões políticas e econômicas dos mandatários.

    A capacidade de transporte desse corredor, frente ao seu potencial poluente, sua operação insatisfatória e principalmente a já terminada paciência dos cariocas torna os corretores BRT inviáveis e tornam ainda mais complexos os sistemas viários, deixando chateados, passageiros, condutores, motoristas e "autoridades de trânsito" fazendo o transito dessas grandes cidades virar um grande barril de pólvora.

    Não é possível que a malha ferroviária do Rio de Janeiro encolha, e a de São Paulo cresça, é impossível que o metrô no Rio de Janeiro não expanda para Zona Oeste e Zona Norte, não é possível que integrações DE VERDADE e não esse arremedo vendido pelas autoridades, não sejam implementados com o objetivo de desafogar o tráfego, mas não, vamos criar LINHAS DE ÔNIBUS, vamos crias CORREDORES DE ÔNIBUS, VAMOS CRIAR TERMINAIS DE ÔNUBUS, chega, o ônibus enquanto meio de transporte faliu, precisa se reinventar, na Inglaterra esses veículos não tem dois andares por uma questão estética apenas...

    Fica aqui a indignação não apenas de um escriba, mas de um passageiro, que passou a se privar da convivência familiar por menos 40 minutos, pra continuar chegando no mesmo horário no trabalho, são 40 minutos a menos de ver o filho crescer, de namorar a esposa, de visitar a mãe e de se informar, isso não apenas chateia, mas entristece e adoece o trabalhador.

segunda-feira, 25 de março de 2024

Qual a importância de Jacarepaguá para o crime organizado.

O mapa de parte da Zona Oeste produzido pelo Jornal "O Globo" mostra o tamanho da discrepância entre pobres e ricos não apenas em Jacarepaguá, mas no Rio de Janeiro inteiro.


    Quando comecei a escrever o presente texto, me veio a cabeça determinados fatores históricos, sobre a formação dos bairros da Zona Oeste "mais rica" em contraposição ao da Zona Oeste mais pobre aqui do Rio de Janeiro e me vejo este mapa produzido pelo jornal "O Globo" mostrando o quanto a cartografia acaba a serviço dos interesses imobiliários, interesses esses que acabaram por matar Mariele Franco, nessa etapa da apuração do caso, levando a cadeia três autoridades sendo, um delegado de polícia, um deputado federal e um conselheiro do tribunal de contas do Estado do Rio de Janeiro.
    Entender esse caso, na verdade é mergulhar em Jacarepaguá, que alguns chamam carinhosamente de adjacências da Barra da Tijuca, o próprio mapa colocado num jornal de grande circulação do município é confuso, pois coloca Jacarepaguá sem seus bairros mais expressivos: Taquara, Pechinca, Tanque, Anil, Gardênia Azul e Curicica, obviamente por interesses imobiliários.
    É óbvio que não vamos tomar esse mapa como parâmetro, vamos falar do quanto Jacarepaguá é interessante para o tráfico de drogas e as milícias no RJ a ponto de hoje localidades como A Gardênia e Cidade de Deus continuam com guerras deflagradas pelo controle dessas localidade.
  Comecemos, pelo valor imobiliário de Jacarepaguá, partes importantes como as Vargens (pequena e grande), a própria Curicica e as últimas duas regiões citadas, tem ainda um potencial incrível para exploração imobiliária, por isso a câmara dos vereadores que nos últimos 30 anos tem um elemento da família Brazão em seus quadros, é um ponto importante e mirado pelas milícias cariocas.
      Não obstante, para o tráfico de drogas, Jacarepaguá tem seu valor, já que é passagem para Zona Norte além da proximidade com um mercado consumidor bastante interessante (Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, além dos sub bairros mais ricos de Jacarepaguá).
       Pelas apurações federais, Mariele parece ter metido a mão nesse vespeiro, Jacarepaguá sempre foi um barril de pólvora pronto pra explodir e a prisão de dois elementos importantes da família Brazão, deixa claro isso, tanto que nem o governador e nem o prefeito da cidade ousaram se pronunciar a respeito pois ambos, em períodos eleitorais, iam beijar a mão desses senhores.
        Há que se pensar no futuro e na política, sim a política, que conduz essas pessoas ao poder, e que faz essas pessoas se perpetuarem nele, tá mais que na hora, da política se povoada por pessoas que não tenham interesses, e nem dá pra dizer que os interesses dos Brazão eram ocultos, pois qualquer morador sabe exatamente que eles mandavam prender e soltar (além de matar) dentro desse grande bairro da Zona Oeste.

segunda-feira, 11 de março de 2024

Mudar pra pior?!?!?

 

O avanço do Chega de André Ventura, demonstra que existe a pré disposição
do eleitor em mudar, a questão é como mudar?

    A muito tempo, sociólogos e historiadores apontam um avanço acentuado da extrema direita no mundo inteiro, Portugal, uma das últimas fronteiras do socialismo moderno, agora vê o avanço do ultra reacionário Chega, do controverso, caricato e principalmente anti imigrantes André Ventura, algo que analistas políticos não descartavam que fosse acontecer, face a crise econômica e de habitações que assola os lusitanos.
    Na verdade o país que começou essa onda foi a Itália nos tempos do Silvio Berlusconi, um conservador apenas nas palavras, o homem das festas bunga bunga, também pregava uma economia liberal e o ódio aos imigrantes.
    Porém algumas ponderações precisam ser feitas, não sobre o modus operandi da extrema direita, mas sim, sobre essa questão do anseio por mudança dos eleitores no mundo, o problema é o tamanho dessas mudanças e sua relevância, além do impacto sobre a vida futura.
    A extrema direita em muitos países prega uma economia liberal, em amarras ou fronteiras, o que seria bastante salutar, quando as condições de competição entre os países são igualitárias, o que não é efetivamente o caso, o capitalismo nesses países, principalmente os europeus não tem o perfil do capitalismo praticado na américa latina e no Brasil mais especificamente, já que nem o consumidor tem clareza do que é margem de lucro, do que é imposto e do que é insumo de produção, na Europa a adoção do IVA dá essa clareza, caminhamos para isso por aqui.
    As pautas de costumes (droga, aborto, liberdade sexual e de expressão) tem dominado o debate, mostrando que os eleitores confundem muito as coisas, não necessariamente o liberal na economia é conservador nos costumes, além disso, voltando para o exemplo lusitano que se enquadra em todos os outros países europeus, a mão de obra imigrante, se encaixa justamente onde, o local não quer atuar, afinal a mão de obra é extremamente qualificada e no que tange ao mercado de trabalho não afeta tão fortemente a economia local.
    Ainda sim, o totalitarismo, o ultra nacionalismo e o anti semitismo representados por esses países de extrema direita é que propiciam os conflitos que enxergamos atualmente, cabe perguntar: Será que essa sede por mudanças urgentes não atende apenas nossa sede pelo imediato?

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

“Dai, pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21)

A cassação de uma instrução normativa que isentava os pastores de imposto de renda sobre seus GANHOS, vai deixar muito líder como  DIABO NO CORPO...

    Ontem ouvindo rádio, fiquei sabendo da norma que isentava os líderes religiosos de terem seus proventos (chamado de prebenda) e de sua cassação por parte da equipe econômica do governo federal, sei também que tem muito líder religioso que tá como diabo no corpo em relação a essa nova mudança.
    Eu de verdade não entendo essa gritaria, afinal em Mateus capítulo 21 versículo 22 tá lá escrito “Dai, pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” e de verdade, o contexto dessas palavras deveria ser uma máxima entre os líderes religiosos, mas "tem método" afinal o clero, alto e baixo, sempre teve essas benesses em todas as áreas, e a história sempre contemplou essas regalias.
    Em todas as épocas a religião sempre foi utilizada como instrumento de manipulação e de alienação das pessoas, os líderes políticos (imperadores e reis) se valiam do clero para validar a divindade de seu poder (sou poderoso pois Deus (ou os deuses) quis assim).
    A relevância dos líderes religiosos desde os primórdios, então, tem importância singular para os governantes. "Mas Eduardo, qual a relevância desses líderes hoje e por quê é tão importante essa blindagem econômica?"
    Pra começar essa explicação, a gente precisa voltar para o início do fenômeno pastores eletrônicos (Jimmy Swaggart é o baluarte dessa era) num momento onde as liberdades de pensamento e sexuais começaram a atingir seu auge, a propagação da palavra, também ganhou notoriedade e relevância, ganhando espaços em rádios e televisões.
    "Vender fé" é algo relativamente fácil em tempos tão complexos e difíceis, e numa sociedade onde os homens falham, há que se recorrer ao divino, e as "novas divindades" havidas por poder (econômico ou político) ganham púlpito capaz de chegar a mais ouvidos e perpetuar a combinação divindade e poder.
    Mas saindo do aspecto histórico, poder de influência nos dias atuais tem um preço altíssimo, e as isenções fiscais dadas aos líderes servem como uma compensação para os pastores que funcionam ou se prestam a funcionar como alienadores.
    Algumas dessas denominações montaram esquemas financeiros e empresariais COMPLEXOS, onde pendurado ao CNPJ da igreja tem veículos de comunicação, gravadoras, agências de publicidade, instituições financeiras e até empresas de táxi aéreo, tudo "em nome de Jesus" o que afronta nossa inteligência e principalmente nossa boa vontade.
    A tarifação desse ganhos primários, as tais prebendas pra alguns líderes nem fazem cócegas, mas alarmam, uma entrada do Estado na caixa preta dos ganhos e no dinheiro que circula nessas instituições.
    É de conhecimento público, que algumas instituições também servem ao crime organizado, lavando dinheiro através das doações e de empresas fantasmas, branqueando esses valores.
    Já passou da hora, dos impérios religiosos serem passados a limpo, afinal, se todos os setores pedem isenção, vai sobrar pra quem o pagamento de tributos?


quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Lá como aqui...

Meliantes de invadiram e ameaçaram jornalistas e equipe durante um programa
que aborda justamente o tema violência.

 


    Os recentes episódios de violência que colocaram o Equador em Estado de alerta máximo e que pelo que sabemos até agora, tem um brasileiro (que fazia "churrasco brasileiro" numa das províncias equatorianas, cuja família inclusive já pagou parte do resgate pedido por uma das facções criminosas e ainda não conseguiu reunir o restante dos recursos.

    O que se percebe, é que lá como aqui, a violência urbana explodiu, com ação perceptível dos grupos paramilitares de narcotraficantes com intuito de gerar instabilidade institucional dando a entender que quem manda no país é o crime.

    Movimentos de privatização dos serviços públicos (mas especificamente dos cárceres e  da própria segurança pública conforme informações abaixo:
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2024/01/09/crise-no-equador-deriva-da-privatizacao-da-seguranca-publica-diz-professor.htm

    Não é privatizando que se chega a eficiência dos serviços públicos, está mais que provado, porém, privatizar a segurança pública, algo que é sensível a população, pode ter consequências desastrosas, como as que observamos no Equador.

    Lá como aqui, será uma intervenção contundentes das forças armadas para erradicação do movimento, e no meu humilde entendimento o problema está justamente aí.

    Eu já foi muito contra o emprego das forças armadas na segurança pública e usava o exemplo de que, essa força funciona como um pitbull dilacerador de membros, portanto se empregada de forma incorreta pode tornar o problema ainda maior.

    As forças armadas são força de assalto, e por isso a força desproporcional ao lidar com segurança pública, há a necessidade de se usar um cálculo dosimétrico do emprego desta força, que tem homens bem treinados e armamento suficiente para dar conta dos marginais.

    Acontece que não se trata apenas de "soltar o bicho" e deixar ele eliminar o problema, danos colaterais serão percebidos e lá como aqui, não se sabe se a população e a economia do país serão devidamente protegidos dessas mazelas.

    A questão é que o "poder paralelo" lá como aqui, resolveu "peitar" o Estado e gerar instabilidade que pode ser mera cortina de fumaça para encobrir alguma operação espúria, mas que também pode ser uma investida efetiva para tomada do poder e dilaceração do Estado de Direito, tanto lá como aqui.


segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Silêncio eloquente.

O pres. da Câmara dos Deputados na última hora disse não a presença nos atos de 08/01


 

Não é exatamente uma surpresa a ausência do deputado ALAGOANO e presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, dado seu histórico político recente e principalmente sua vaidade e ganancia eleitoral, e não se trata de uma ilação da minha parte, ainda que este cronista seja um democrata e um defensor do Estado Democrático de Direito, acho que vale revisar algumas atitudes do presidente de uma das casas do nosso bicameral legislativo.


Projeto de Renan Calheiros

Alagoas tem uma safra malévola de políticos, vale destacar exemplos como Fernando Collor de Mello, Renan Calheiro e agora Arthur Lira, todos esses sempre envolvidos e investigados por mau uso dos recursos públicos, nepotismo, corrupção e outros atos deploráveis contra justamente a democracia, pois cada um dos crimes relatados fere a constituição que é o parâmetro mais importante de um Estado Democrático.

Aliás Renan e Lira são adversários ferrenhos e seus embates ultrapassam as linhas institucionais indo parar nas páginas de fofoca e principalmente expondo seu caráter duvidoso (de ambos os lados).

Lira remete inclusive as práticas de Renan enquanto dirigente do Senado Federal, parece em alguns momento que Lira deseja ser uma espécie de Renan da Câmara.


"Cuidado eu tenho um congresso na mão"

Desde 2021 quando numa aliança com o ex presidente Jair Bolsonaro alçou o poder, e arregimentando um grupo faminto de deputados e com influência sobre alguns senadores, Lira parece ter inaugurado uma espécie de presidencialismo legislativo, onde os atos do executivo, na administração de suas contas públicas são de certa forma "auditados" e redimensionados por ele e seus asseclas. 

Instrumentos de barganha como "emendas do relator", "orçamento secreto" e o turbinada das "verbas de gabinete" garantem um reinado que Lira parece ter incorporado e que culmina nessa negação da participação do ato democrático.


Projeto pessoal de poder

Arthur Lira, ao que parece, já foi inclusive cogitado a concorrer a presidência da república (um paradoxo pois ele sabe perfeitamente que sentado em sua cadeira consegue procrastinar um governo e paralisar sua evolução), e no MEU ENTENDIMENTO, parece que a mosquinha do poder picou e contaminou Lira de forma tal a inclusive morder a mão que alimenta seu poder, justamente a democracia.


É por essas e outras, que a ausência de Lira fala muito mais pelo seu simbolismo, do que exatamente, pela desculpa esfarrapada dada pelo presidente ao dizer que problemas de saúde NA FAMÍLIA lhe tiraram do evento, desculpe com o poder que tem ele poderia perfeitamente pegar um avião (de carreira ou não) ir a Brasília, participar desse ato e retornar para o seio de sua família, eu quero lembrar que mães deixam seus filhos as vezes ardendo em febre e vão trabalhar pois seus patrões não tem o mesmo beneplácito do contribuinte, que aliás, paga muito caro pelo congresso nacional que se tem, não será lembrado por seu espírito público, mas pelos acordos e tratos que celebra, em sua grande parte a bem do interesse nacional.




sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Retrato em branco em preto


Retrato em branco e preto de uma tentativa de golpe ou pelo menos uma tentativa de desmoralizar o Estado Brasileiro e suas instituições.


    Brasília fara um ato em desagravo aos acontecimentos que culminaram nos acontecimentos do dia 08/01, algumas discussões historiográficas e sociológicas, no campo das ciências políticas precisam ser passadas a limpo, principalmente, para não prejudicar o teor dos atos que aconteceram nessa próxima segunda feira.
    
    O Brasil parece não ter se acostumado com a democracia, pois em qualquer crise institucional evocam-se forças estranhas ao quadrante democrático, ou achar que ainda existe "poder moderador" quando essa instituição não é contemplada no arcabouço constitucional.

    Realizado esse preâmbulo é inacreditável que alguns governadores de Estado, ainda que não sejam do espectro ideológico governamental vigente, não participem do ato convocado pelos três poderes da república.

    Não se trata de um ato político partidário, por mais que se sugira isso (afinal hoje, a democracia parece ser um valor de esquerda e a liberdade um valor de direita, ainda que liberdade esteja relacionada com responsabilidade), trata-se da democracia sendo cultuada e venerada pela sociedade, afinal, nada se estabelece se este valor político social não se garantir.
    
    Por mais que existam arestas a serem aparadas entre os dos campos ideológicos (principalmente suas alas mais radicais) nada, deveria se sobrepor ao ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO pois qualquer coisa fora disso flerta com o totalitarismo e principalmente com o fascismo, algo que o mundo não cansa de experimentar.

    Enfim, que os governadores que optaram por não participar desses atos passem pelo escrutínio de suas federações, afinal somos uma república federativa, e que essas federações possam compartilhar conosco as impressões sobre esses governadores que parecem não se importar com a democracia e com a integridade das instituições. 
 

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

LANCELLOTTI E A TÁVOLA NECESSÁRIA.

Pe. Julio Lancellotti é em última análise, o maior entusiasta do termo solidariedade nos dias atuais.


    Antes de começar a descer a lenha nessa media esdrúxula adotada pela Câmara Municipal de São Paulo e mais especificamente por iniciativa de um vereador eleito com RECURSOS E PROJEÇÃO DO MOVIMENTO BRASIL LIVRE (MBL) é importante falar um pouco sobre o que é o POVO DA RUA (ou população de rua como os burocratas dizem), são pessoas que por necessidade ou por que foram compelidas (econômica, social, psicológica e por segurança pública - isso mesmo pessoas são expulsas de suas comunidades por novas facções que tomam o poder) a permanecer na rua, e nela habitarem, no que no meu entendimento, já enseja, uma política de assistência social (e eu sempre defendi isso aqui) para essa população marginalizada, em países de Europa, essa população já tem uma política pré definida e os governos dão assistência em eventos extremos (frios e calor).
    Dito isso, no campo político, é execrável a atitude esdrúxula e totalmente contrária aos princípios da solidariedade e da humanidade tomada pela CMSP dada a autoria do Vereador Rubens Nunes (rubinho é o carvalho eu disse carvalho) de inquirir o PADRE JÚLIO LANCELLOTTI sobre de onde vem o dinheiro que financia as ações da Pastoral do POVO DA RUA.
    Vereador, qualquer criança de 5 anos que frequenta a catequese, qualquer pessoa com o número mínimo de neurônios, qualquer idiota útil (feito v.excia) sabe perfeitamente que obras pastorais contam com o dinheiro doado pelos fiéis da igreja católica.
    Imagina que esse gênio da raça (como diria Reinaldo Azevedo) deva se perguntar, "Pô mas esmola alimenta esse povo todo?", bom aí eu evoco qualquer membro de rede social (que seja a do "X", ou a da exposição física desnecessária, instagram ou mesmo do facebook) que conhece o trabalho do Padre Julio, ainda, que não seja da Cidade que não dorme jamais, para explicar ao vereador que muitas das vezes as doações e eventos que resultam em doações na rede são revertidos ao padre.
    Pode ter dinheiro do crime organizado (principalmente o pessoal que vende crack nas ruas do Centro da Capital Paulista)? Claro que pode (não no sentido permissivo da resposta, mas no sentido afirmativo mero e simples, afinal, doações nem sempre são identificadas) da mesma forma que tem dinheiro sujo, irrigando a contabilidade de igrejas pentecostais, dinheiro de empresários inescrupulosos dando sustentação a "movimentos populares" e "gerando" líderes populares como o senhor vereador Rubens Nunes, ou simplesmente lavando dinheiro de atividades ilícitas de gabinetes parlamentares de membros de certos movimentos também... Tudo deve ser investigado pela POLÍCIA, uma CPI em ano eleitoral com o senhor vereador já ilustrado como pré candidato, não chega nem ser canalha, pois canalhice de fato é não reconhecer que o trabalho do padre Júlio acaba por suprir lacunas que a prefeitura de SP deveria resolver, aliás o nobre vereador deveria ao invés de inquerir um clérigo do alcance do Pe. Júlio em busca de holofotes, propor uma política de assistência social a população de rua, coisa que eu tenho certeza absoluta que não foi feito e se foi, não deve ter nenhuma proposta concreta e sim programas hipotéticos.
    Defender a pastoral do povo de rua na pessoa do padre Júlio Lancellotti deveria ser um dever de todos os cristãos, todos os cidadãos e principalmente dos comerciantes do Centro de SP, final, muitos dos incidentes de segurança pública são ocasionados por pessoas famintas e que necessitam de auxílio social, em crime de ocasião, claro que tem, mas concordo que manter o povo da rua ocupado, com curso de capacitação e alimento, com certeza, seria uma ideia genial e olha que eu nem sou paulistano.
    Para finalizar um recado ao vereador Rubens: Ele atraiu pra si e principalmente para seu movimento olhares famintos por esse compliance, afinal, se o senhor está buscando lisura no assistencialismo privado (afinal a igreja católica apostólica romana e seus movimentos são pessoas jurídicas de direito privado) naturalmente vossa excelência não deixou nenhuma rabo, no que tange a utilização do dinheiro público não é???