segunda-feira, 11 de março de 2024

Mudar pra pior?!?!?

 

O avanço do Chega de André Ventura, demonstra que existe a pré disposição
do eleitor em mudar, a questão é como mudar?

    A muito tempo, sociólogos e historiadores apontam um avanço acentuado da extrema direita no mundo inteiro, Portugal, uma das últimas fronteiras do socialismo moderno, agora vê o avanço do ultra reacionário Chega, do controverso, caricato e principalmente anti imigrantes André Ventura, algo que analistas políticos não descartavam que fosse acontecer, face a crise econômica e de habitações que assola os lusitanos.
    Na verdade o país que começou essa onda foi a Itália nos tempos do Silvio Berlusconi, um conservador apenas nas palavras, o homem das festas bunga bunga, também pregava uma economia liberal e o ódio aos imigrantes.
    Porém algumas ponderações precisam ser feitas, não sobre o modus operandi da extrema direita, mas sim, sobre essa questão do anseio por mudança dos eleitores no mundo, o problema é o tamanho dessas mudanças e sua relevância, além do impacto sobre a vida futura.
    A extrema direita em muitos países prega uma economia liberal, em amarras ou fronteiras, o que seria bastante salutar, quando as condições de competição entre os países são igualitárias, o que não é efetivamente o caso, o capitalismo nesses países, principalmente os europeus não tem o perfil do capitalismo praticado na américa latina e no Brasil mais especificamente, já que nem o consumidor tem clareza do que é margem de lucro, do que é imposto e do que é insumo de produção, na Europa a adoção do IVA dá essa clareza, caminhamos para isso por aqui.
    As pautas de costumes (droga, aborto, liberdade sexual e de expressão) tem dominado o debate, mostrando que os eleitores confundem muito as coisas, não necessariamente o liberal na economia é conservador nos costumes, além disso, voltando para o exemplo lusitano que se enquadra em todos os outros países europeus, a mão de obra imigrante, se encaixa justamente onde, o local não quer atuar, afinal a mão de obra é extremamente qualificada e no que tange ao mercado de trabalho não afeta tão fortemente a economia local.
    Ainda sim, o totalitarismo, o ultra nacionalismo e o anti semitismo representados por esses países de extrema direita é que propiciam os conflitos que enxergamos atualmente, cabe perguntar: Será que essa sede por mudanças urgentes não atende apenas nossa sede pelo imediato?

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