segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Silêncio eloquente.

O pres. da Câmara dos Deputados na última hora disse não a presença nos atos de 08/01


 

Não é exatamente uma surpresa a ausência do deputado ALAGOANO e presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, dado seu histórico político recente e principalmente sua vaidade e ganancia eleitoral, e não se trata de uma ilação da minha parte, ainda que este cronista seja um democrata e um defensor do Estado Democrático de Direito, acho que vale revisar algumas atitudes do presidente de uma das casas do nosso bicameral legislativo.


Projeto de Renan Calheiros

Alagoas tem uma safra malévola de políticos, vale destacar exemplos como Fernando Collor de Mello, Renan Calheiro e agora Arthur Lira, todos esses sempre envolvidos e investigados por mau uso dos recursos públicos, nepotismo, corrupção e outros atos deploráveis contra justamente a democracia, pois cada um dos crimes relatados fere a constituição que é o parâmetro mais importante de um Estado Democrático.

Aliás Renan e Lira são adversários ferrenhos e seus embates ultrapassam as linhas institucionais indo parar nas páginas de fofoca e principalmente expondo seu caráter duvidoso (de ambos os lados).

Lira remete inclusive as práticas de Renan enquanto dirigente do Senado Federal, parece em alguns momento que Lira deseja ser uma espécie de Renan da Câmara.


"Cuidado eu tenho um congresso na mão"

Desde 2021 quando numa aliança com o ex presidente Jair Bolsonaro alçou o poder, e arregimentando um grupo faminto de deputados e com influência sobre alguns senadores, Lira parece ter inaugurado uma espécie de presidencialismo legislativo, onde os atos do executivo, na administração de suas contas públicas são de certa forma "auditados" e redimensionados por ele e seus asseclas. 

Instrumentos de barganha como "emendas do relator", "orçamento secreto" e o turbinada das "verbas de gabinete" garantem um reinado que Lira parece ter incorporado e que culmina nessa negação da participação do ato democrático.


Projeto pessoal de poder

Arthur Lira, ao que parece, já foi inclusive cogitado a concorrer a presidência da república (um paradoxo pois ele sabe perfeitamente que sentado em sua cadeira consegue procrastinar um governo e paralisar sua evolução), e no MEU ENTENDIMENTO, parece que a mosquinha do poder picou e contaminou Lira de forma tal a inclusive morder a mão que alimenta seu poder, justamente a democracia.


É por essas e outras, que a ausência de Lira fala muito mais pelo seu simbolismo, do que exatamente, pela desculpa esfarrapada dada pelo presidente ao dizer que problemas de saúde NA FAMÍLIA lhe tiraram do evento, desculpe com o poder que tem ele poderia perfeitamente pegar um avião (de carreira ou não) ir a Brasília, participar desse ato e retornar para o seio de sua família, eu quero lembrar que mães deixam seus filhos as vezes ardendo em febre e vão trabalhar pois seus patrões não tem o mesmo beneplácito do contribuinte, que aliás, paga muito caro pelo congresso nacional que se tem, não será lembrado por seu espírito público, mas pelos acordos e tratos que celebra, em sua grande parte a bem do interesse nacional.




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