Estou as voltas com um entreveiro com a SUPERVIA no twitter (@supervia_trens) quando na SEGUNDA FEIRA atrapalhou a volta para casa dos usuários do RAMAL SANTA CRUZ conforme o vídeo que eu colocarei para os senhores possam ter uma ideia do furdunço que fui a volta para casa (no meu caso, volta para Campo Grande para Faculdade)
Eu poderia deixar pra lá, dadas as explicações da empresa no twitter, alegando que houve vandalismo por parte de populares que moram próximos a estação Santíssimo (a composição estava entre a EMPRESA BRASILEIRA DE SOLDAS ELÉTRICAS - EBSE e UMA OBRA DE VIADUTO QUE PASSARÁ POR SOBRE A VIA FÉRREA, o que por si só já dificultaria o vandalismo relatado).
Ciente de que alguma coisa estava errada e aproveitando o (até então) bom relacionamento com a Assessoria de Imprensa da Empresa no Twitter, solicitei uma cópia do registro de ocorrência ou mesmo apenas o nº do efetuado registro, aí a coisa ficou ainda mais suspeita: SUPERVIA informou que havia feito a queixa crime na 35ª Delegacia Policial, JURISDIÇÃO ERRADA pois o registro deveria ter ido parar na 34ª Bangu, e o mais estranho ainda é que as concessionárias de serviços públicos tem uma delegacia própria para seus pleitos a DDSD (Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados) órgão criado pelo governador SÉRGIO CABRAL afim de dar apoio na investigação de crimes cometidos contra as concessionárias.
Pois bem, desde então, tenho feito sistematicamente a solicitação e atualmente nem responder aos meus twitts a Supervia responde, O QUE FAZ SUBENTENDER QUE ESTÁ DECRETADA A GUERRA.
Porém o dado que tem mais me chamado a atenção é que alguns usuários da supervia no twitter durante debate mediado pelo perfil @TrensUrbanosRJ, apoiam a empresa no sentido de não dar explicações, o que é um subterfúgio legal que a empresa pode usar para escapar do TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC) celebrado entre a empresa e o Ministério Público.
COMO SUBURBANO (morador de Campo Grande - mais conhecido como CUDOMUNDISTÃO - brincadeirinha, mas todo mundo diz que é longe) ME SINTO MORTALMENTE FERIDO NA MINHA DIGNIDADE AO SER TAXADO DE VÂNDALO (NÃO A MINHA PESSOA, MAS MEUS CONTERRÂNEOS DA ZONA OESTE POBRE DO RJ) e ao executar essa manobra de por a culpa no usuário, passa aos demais cidadãos cariocas a imagem de que SUBURBANO NÃO TEM EDUCAÇÃO.
Assim nascem os preconceitos e posso desfilar uma série deles aqui: PRETO É LADRÃO, POBRE É MAL EDUCADO, INDÍGENA (NATIVO) É BURRO, MENINAS QUE SE VESTEM MAIS SENSUALMENTE SÃO VAGABUNDAS, UM HOMEM DELICADO DEMAIS TEM TENDÊNCIAS HOMOSSEXUAIS E POR AÍ VAI.
A própria história do Rio de Janeiro (que foi brilhante mente exposta pela Professora Beatriz Martins que é titular desta cadeira no meu curso de história) mostra que os cariocas ou os povos que na cidade vieram habitar eram divididos em seus "guetos" e um indício forte disso são os nomes de RUA no Centro: Rua dos Alfaiates, Rua dos Ourives, Beco dos Poetas de Calçada e por aí vai..., mas o que eu coloco em questão é justamento que esses rótulos contribuem para uma cidade partida, para o preconceito entre os moradores das zonas da cidade e até mesmo com os habitantes de nosso país (CABEÇA CHATA, PARAÍBA - NORDESTINO, QUEITO, CALADO - MINEIRO, LOIRAS, LINDAS - GAÚCHAS, PREGUIÇOSO, MALANDRO - CARIOCA).
Ao rotular algo, lhe tiramos a possibilidade de lhe mostrar a identidade, até na política mesmo fazemos isso: PMDB é o partido puxa saco do poder, PT - Partido Traíra, PDT - Acabou depois da morte do Brizola e assim sucessivamente.
Rótulos são pré julgamentos em doses tipo amostra grátis, não devemos ter vergonha do que somos, SUBURBANOS, MORADORES DA ZONA DA LEOPOLDINA, NORDESTINOS, HOMOSSEXUAIS... Mas merecemos o ônus da prova, de provar que somos capazes de ser pessoas diferentes dos rótulos que recebemos.
PENSE NISSO AO DIZER: TÁ VENDO A EMPRESA NÃO PRESTA UM BOM SERVIÇO POIS DEPREDAM TUDO, se José Dirceu (mensaleiro) não pode ser considerado culpado sem uma investigação e um veredicto, por quê o pobre está fadado a justiça alternativa e rápida dos mais abastados?
E é o que temos por hoje.
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