quarta-feira, 14 de março de 2012

O transporte público e a política (um depende do outro)

Nós do Rio de Janeiro (e eu sou um blogueiro carioca) sofremos diariamente com nossas concessionárias de serviço públicos: Supervia, Barcas S/A, Metro Rio e as dezenas de empresas de ônibus que detêm concessões tanto do estado quando do município, essas empresas prestam serviços absurdamente ruins, mas esse calvário o Brasil inteiro já acompanha nos teles, rádios e jornais, além de claro nas redes sociais.
A novidade é saber que a falência do transporte público (quer seja ele de massa ou não) está diretamente ligada com a falência do SISTEMA POLÍTICO que nos rege, e a entrega desorganizada desse serviço a iniciativa privada sem dela cobrar investimentos e tão pouco qualidade dos serviços.
É óbvio que alguém ao ler esse texto vai dizer: "Mas cada estado tem uma realidade diferente, em alguns o serviço é estritamente público, noutros o misto do público como privado e outros ainda com o transporte integralmente privado..." não importa, São Paulo hoje deu exemplo clássico de que transportamos mal, transportamos errado e não transportamos com segurança e dignidade.
O transporte ferroviários morre aos poucos, em algumas cidades ele só faz diminuir (no Rio de Janeiro, a clássica canção Mangaratiba de Luiz Gonzaga, faz referência ao trem que partia da Central do Brasil e ia no sistema de baldiação até esse município da Costa Verde Carioca), o Metrô se expande a passos de cágado e as empresas de ônibus investem em tudo, menos no conforto do usuário, e mesmo assim ainda esbarra no trânsito caótico de várias capitais.
Mas eu queria lembrar aos senhores que nas épocas de eleição, os políticos que ai estão, ingressão no transporte, passam o aperto que passamos, beija um, abraça outro e promete lugar pela melhoria dessa qualidade, mas efetivamente não fazem nada.
E não fazem pelo óbvio, no executivo os carros oficiais contemplam nossos governantes, nos parlamentos onde não tem carro oficial, tem dinheiro A RODO pra pagar combustível suficiente pra encher o tanque de um ônibus espacial para ir a lua 200 vezes, portanto um dia de sufoco é mole, tira se de letra, mas isso não é a rotina dos nossos governantes.
Por isso, eu pretendo se um candidato a vereador que já tiver mandato, vier me entregar um panfleto na porta da Central do Brasil ou dos terminais de ônibus do meu estado, a que ele faça sua campanha em transporte público, e incentivo os amigos a fazer o mesmo, pra eles verem o que é bom pra tosse, pois de dentro de seus veículos com ar refrigerado, eles nunca vão se sensibilizar com aquilo que eles ouvem pelo rádio desse mesmo automóvel.

E é o que temos para hoje.

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