quarta-feira, 29 de maio de 2024

O direito de mentir

O que está por trás da manutenção do veto do projeto de lei que tipificava fake news como crime.


    Num dia onde a oposição comemorou como vitória de "Bolsonaro sobre Lula" a manutenção do veto do projeto que tipificava fake news, parece claro o recado que os políticos de direita querem dar a sociedade, mas se não tá claro, esse escriba está aqui justamente pra explicar as coisas:

Fake News não é mentira:

    A Fake News como o próprio nome diz é algo que se passa por notícia mas na verdade é uma cortina de fumaça ou para tirar o foco de algo importante ou mesmo para difamar e caluniar alguém ou alguma empresa.
    O que se propaga como o "direito de mentir" na verdade é também uma cortina de fumaça uma mentira é algo que alguém consegue através de sua mera veiculação desmascarar, uma fake news é uma informação distorcida ou caluniosa sobre alguém sem a oportunidade de se resolver o problema no bojo da discussão, ou quando esta já não pode mais surtir o efeito desejado.
    Um exemplo clássico foi durante a pandemia a campanha difamatória contras as vacinas, imagine, se todo mundo, caísse na conversa mole de que as vacinas não são eficientes e não foram devidamente testadas, estaríamos seguramente vivendo um mundo com gente morrendo por COVID19 e o número de cepas iria aumentar exponencialmente.

Mentir é método pra vencer eleição:

    Está mais que provado, e isso não é fake news, que o Bolsonarismo utiliza-se de métodos escusos para vencer eleições e isso vai antes mesmo de existir a expressão fake news.
    Quando Jair Bolsonaro era um inexpressivo vereador no Rio de Janeiro, ele descobriu que "plantar notas" em colunistas como Ibraim Sued, Ricardo Boechat, Cristina Azuz, entre outros desestabilizava seus concorrentes e principalmente criava fantasmas, dos quais Bolsonaro seria solução para eles, ele tinha um ordenança chamado Valdir Ferraz que se encarregava de passar essas notícias aos colunistas, e como seu eleitorado fiel lia jornais e especialmente esses colunista, ele tinha um veículo pra respaldar suas mentiras de dar munição para seus apoiadores "viu não sou eu que estou dizendo é o colunista do globo..."
    
Ainda que fake news não seja crime...

    É bom salientar que alguns práticas que tem como ferramenta a difusão de notícias falsas são facilmente tipificáveis nos códigos civis e penais, calúnia, injúria, difamação, crime contra economia popular (algo que o "véio da havan" tá experimentando), crime contra saúde pública (espalhar que vacina não salva), e difusão de notícia falsa são crimes previstos nos códigos e podem ser encontradas jurisprudências sobre essas questões.

 O crime compensa sim...

    Esse episódio só prova que um crime bem envelopado, com uma roupagem muito boa ou mesmo com uma pessoa bem apessoada e com voz e tipo que inspiram credibilidade, são sim passíveis de se tornar um grande propagador de notícias falsas e a introdução da Inteligência Artificial pode tornar isso tudo ainda mais problemático, portanto, não foi o Lula que saiu derrotado do congresso nacional no dia 28/05, foi toda uma sociedade e claro a verdade.


 

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Comparações esdruxulas.

Na manifestação onde jovens ocuparam corredores da ALESP a polícia foi
TRUCULENTA E COVARDE não há outras palavras.

 
        Vou começar o texto com um julgamento, justamente em cima do que falou o deputado federal Eduardo Bolsonaro sobre os acontecimentos na ALESP na manifestação dos jovens sobre o projeto de escolas cívico militares: NUM PAIS SÉRIO O DEPUTADO SERIA REPREENDIDO POR FAZER ESSE JUÍZO DE VALOR SOBRE A MANIFESTAÇÃO DE JOVENS QUE NÃO ENXERGAM ESSE MODELO DE ESCOLA COMO UM MODELO QUE ESTEJA EM CONFORMIDADE COM A MODERNIDADE DA EDUCAÇÃO ATUAL.
    Eduardo Bolsonaro é o supra sumo de um movimento personalizado por seu pai, que prega liberdade de expressão porém na educação quer escolas militarizadas, é bom lembrar que a militarização de qualquer aspecto do serviço público, acaba com democracia, pois justamente, não existe democracia no militarismo e principalmente nos regimes militares.
        E o mais patético das falas de Eduardo (bananinha) Bolsonaro foi a comparação os manifestantes da ALESP com os VANDALOS, GOLPISTAS E PRINCIPALMENTE LUNÁTICOS do 09/01.
  Deputado, querer comparar JOVENS, QUE ESTÃO PROTESTANDO CONTRA UM MODELO DE ENSINO QUE NÃO É TÃO VITORIOSO ASSIM E REMETE A PRÁTICAS RETRÓGRADAS, COM UM BANDO DE LÚNATICOS QUE QUERIA DEPOR UM GOVERNO DEMOCRATICAMENTE ELEITO É O MESMO QUE COMPARAR SUSHI COM DOBRADINHA (só ressaltando que dobradinha é delicioso), são comparações no mínimo esdrúxulas e no máximo LUNÁTICAS.
      Querido (querido é o cacete, pensando eu cá com os meus botões) deputado, pode me responder as seguintes questões?
- QUANTAS VIDRAÇAS FORAM QUEBRADAS NA ALESP?
- QUANTAS OBRAS DE ARTES FORAM VANDALIZADAS?
- QUANTOS DEPUTADOS ESTADUAIS FORAM AGREDIDOS PELOS MANIFESTANTES?
-  QUANTOS POLICIAIS FORAM AGREDIDOS?
   Aliás, é bom salientar que: A POLÍCIA MILITAR DO SER DERRITE DESFILOU ARROGÂNCIA E COVARDIA, E EU DUVIDO QUE NÃO TENHA SIDO UMA ORDEM EXPRESSA DO GOVERNADOR OU DO MONSTRO DO SEU SECRETÁRIO DE SEGURANÇA.
     Então nobre deputado, COM TODO RESPEITO QUE V.EXCIA MERECE (não merece não, porém por protocolo, a gente respeita) deveria vir a público e pedir perdão por essa comparação ESCROTA E ESTÚPIDA, completamente conectada com sua condição de defensor de uma ideologia IGUALMENTE ESCROTA E ESTÚPIDA.

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Ensaios para o inferno... O Inferno de DUDU (diferente do de Dante)

 

Se Dante, pensou o que seria o seu inferno, eu me dou ao direito de pensar o meu também...

    O passamento de pessoas que a gente julga ser boas e que em tese "garantirão um lugar no céu" nos faz pensar no que diabos é o inferno, e principalmente sua composição.
    De duas coisas eu estou convicto: Não deve existir o inferno, pois se existir sua composição e ambientação deve ser mais ou menos assim...
    Deve ser realmente um lugar quente pra cacete, tipo ônibus na Zona Oeste pobre do Rio de Janeiro ou repartição pública que tem de atender ao público (já se coloca o ar condicionado ruim ou não se tem pra abreviar o tempo de permanência da pessoa por lá), e sua composição deve ser de gente pouco agradável mais ou menos assim:
Políticos: Ah, esses tem cadeira cativa nesse inferno, não existem seres humanos mais dissimulados e escrotos que políticos, pessoas capazes de vender e entregar a própria mãe por poder.
Árbitros de futebol: Esses esquemas de "bet" subverteram o esporte mais popular do mundo, fazendo com que as pessoas passassem a não crer mais nele, por isso com certeza estariam lá apitando a cada 5 minutos.
Motoristas de ônibus: por mas que alguns sejam "fofos" sua grande maioria acha que tem poder atrás do volante, destratam velhinhos, sacaneiam estudantes, arrancam com carro sem a devida acomodação das pessoas, por isso sim, existe lugar cativo pra motorista de ônibus no inferno.
Amantes: Depois que a gente cresce, entende os dados que a traição faz na vida das pessoas e os amantes tem sim um lugar especial nesse meu inferno particular, causar sofrimento na outra pessoa não é algo legal.
Chefe: Qualquer um que se dedica a infernizar a vida de uma pessoa, ainda que esta esteja realizando suas atividades laborais de forma pacata, apenas pra mostrar autoridade, tem e tem muito lugar no inferno.
"Religiosos": Entre parênteses mesmos, os falsos profetas, aquelas pessoas que te VENDEM o céu e a salvação.

Agora pensa comigo: o meu inferno particular teria Bolsonaro, Lula, Olavo de Carvalho, Margareth Thatcher, Getúlio Vargas, Anderson Daronco, Margarida, todos os motoristas de ônibus da viação Campo Grande, todos os chefes que me massacraram a vida inteira e claro SILAS MALAFAIA.

É ou não é um motivo legal pra buscar a salvação...

quinta-feira, 16 de maio de 2024

E a Apolândia está de Luto...

A morte do Velho Apolo faz pessoas recordarem histórias fantásticas, do 
Washington Rodrigues e do Rádio.


    Hoje a crônica esportiva, o humor no rádio e com certeza o Jornalismo Esportivo brasileiro estão de luto, morreu no dia 15/05 o Repórter esportivo, comunicador, comentarista e produtor Washington Rodrigues, o Apolinho.
        Washington passou por três grandes veículos de comunicação no rádio Guanabara Bandeirantes, Rádio Globo e Rádio Tupi, escreveu em veículos como O Globo, Extra e Jornal o Dia, é um dos mais notáveis comunicadores que tivemos oportunidade de conhecer.
        Apolinho, apelido que ganho pelo microfone sem fio que usava nas transmissões esportivas, que parecia com equipamentos da missão Apolo da NASA, figura folclórica, e principalmente polêmica, na análise esportiva.
        Apolinho chegou a ser técnico de futebol do seu clube de coração Flamengo, para tentar acalmar uma crise sem precedentes com o então "melhor ataque do mundo de Sávio, Romário e Edmundo.
        Dono de bordões como "mais feliz que pinto no lixo" e expressões como Geraldinos (os torcedores que assistiam o futebol no Estádio Mário Filho, Maracanã) e Arquibaldos (os que assistiam nas arquibandadas) expressões que mostravam inclusive a realidade das classes sociais no Maraca.
            Apolinho, também criador de um icônico personagem do rádio o Robetão (O robô et anão) uma espécie de robo malandro sem filtro. Outra invenção, aí não dele, e sim do também comunicado já falecido Afonso Soares, que chamava a residência dele, a Apolândia, que ficou mais triste quando a Velho Apolo, perdeu sua esposa Maria Lucia.
        Descance em paz VELHO APOLO.
        
    

       


 

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Ainda existe amor?!?!

Saques, estupros, fake news, brigas públicas e insegurança, será que ainda existe amor?


    Este escriba, confessa que tem tido muita dificuldade de acompanhar o noticiário e principalmente as redes sociais, que eu poderia perfeitamente dizer que são o CAMPO DE BATALHA de movimentos ideológicos, políticos e religiosos.
        Num momento tão delicado pra história do Rio Grande do Sul e do Brasil como um todo, afinal, mais uma vez é posta a prova, a nossa resiliência e principalmente nossa solidariedade, a gente ainda vê episódios de ódio espumante e de barbárie sobre a tragédia já existente o que justifica a pergunta que abre esta postagem.
        Pensa comigo: Quando homens assediam ou estupram mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade, quando pessoas criam PIX com objetivo explícito de angariar fundos com a desculpa de que estão ajudando e embolsam o dinheiro, quando marginais saqueiam, roubam e atrapalham resgates em detrimento de suas organizações criminosas, suas atividades ilícitas e principalmente para aferir lucros, quando políticos aproveitam-se de uma situação para tentar tirar dividendos eleitorais, quando pessoas com alguma fé pública aproveitam sua capacidade de comunicação para difundir notícias falsas e confundir ainda mais um ambiente naturalmente confuso pelas incertezas que estão por vir, você deve se perguntar: AINDA EXISTE AMOR?
        As demonstrações de solidariedade, os donativos e voluntários, a disposição do governo em realizar com mais celeridade o seu trabalho, as pessoas que tem fé pública que pararam suas atividades para emprestar sua capacidade de comunicação para informar e angariar ainda mais solidariedade mostram que sim, ainda existe amor, ainda existe empatia, ainda existe solidariedade, ainda existe o respeito a dor e ao sofrimento do outro.
        E quando aqueles que nos fazem duvidar da capacidade do ser humano de amar, como faz? Bem, esses existem duas formas de cobrar, a primeira cabe a justiça dos homens, prendendo, abrindo inquéritos, repreendendo nacionalmente e descreditando essas pessoas. A outra é divina, Deus existe, a gente conhece sua existência no caos e principalmente na vida, então que estes sejam julgados pela justiça divina.
        E continuem procuram fazer o bem...

 

quarta-feira, 8 de maio de 2024

A guerra dentro da guerra...

Não bastasse, ter de lidar com as dores físicas e psicológicas de uma tragédia, Riograndenses e o Brasil agora tem de se preocupar com que tipo de informação estão consumindo e de que forma são manipuladas.

    Numa tragédia como a que está ocorrendo no Rio Grande do Sul, a circulação de informações é extremamente importante, não apenas para se ter noção do sofrimento dos nossos irmão riograndenses, mas também para planejar ações de apoio e recolher doações para tentar amenizar o sofrimento.
    A questão é: a guerra de informações entre os veículos convencionais e os criadores de conteúdo/influencers, está provocando desinformações e principalmente medo nos que querem cooperar, pois estamos vendo tanta sabotagem no processo de socorro, de parte a parte que nos deixa bastante preocupados, senão vejamos:

FAKE NEWS - Durante todo o evento, verifico que muita desinformação está sendo veiculada ou mesmo informações mentirosas, informação como bloqueios realizados pelo poder público, sobre vaquinhas realizadas por espertalhões que querem ganhar dinheiro com a tragédia.

TURISMO DE TRAGÉDIA - Você percebe que algumas pessoas estão se dirigindo par ao Rio Grande do Sul com objetivo de fotografar e filmar a tragédia para ganhar com a divulgação das imagens ou simplesmente fazer um tour de tragédia, algo macabro, porém comum nos dias atuais.

CAÇA LIKE E CONTEUDISMO DE TRAGÉDIA - É basicamente igual ao turismo de tragédia, mas, usando a desculpa da "ajuda humanitária" aproveitam a entrega dos donativos pra fazer discursos políticos e/ou religiosos em cima da caridade.

Fora a briga entre as próprias emissoras de rádio e tv para ser os "exclusivos" em trazer determinadas informações e acabam queimando a largada, sem analisar ou apurar o conteúdo ou mesmo "chupando" conteúdo dos influenciadores e das redes sociais.

Vamos ter calma e tentar filtrar a informação antes mesmo de veicular (aí não importa se mídia convencional ou a "nova mídia"), num momento como esse a responsabilidade na geração de conteúdo tem de ser redobrada afim de não atrapalhar o trabalho de quem está executando ajuda humanitária ou mesmo de quem está angariando fundos e doações para tentar dar alento ao povo do Rio Grande do Sul.
 

segunda-feira, 6 de maio de 2024

Ensaios para o fim do mundo.

Diante do caos instaurado na maior metrópole do sul do país, precisamos refletir o quanto é nossa culpa o que está acontecendo.

 

    Eu não sou propriamente um ecologista, ou um geógrafo, ou ainda um meteorologista, porém de uma coisa com certeza eu posso afirma sem medo de errar: NÓS TODOS SOMOS CULPADOS PELA TRAGÉDIA HUMANA QUE SE ABATE NO SUL DO BRASIL.

    Os "fenômenos climáticos extraordinários" estão cada dia mais ordinários e previsíveis, não na magnitude, mas em seus acontecimentos, afinal existem equipamentos cada vez mais poderosos monitorando o tempo, os ventos, as temperaturas e as marés, antevendo com horas de antecedência eventos desses, podendo o poder público ser capaz de conduzir uma evacuações ou mesmo remanejamento de esforços no sentido de socorrer as pessoas.

    Todos falam de forma objetiva em "cenário de guerra" e é justamente nesse cenário que o exército brasileiro deveria intervir muito mais fortemente por sua abundância em recursos mecânicos, físicos e humanos, cabendo não apenas aos grupamentos regionais, mas aos comandos militares de todo Brasil, enviar esforços, afim de mitigar o sofrimento de nossos irmãos do sul do país.

       E agora vem uma dúvida latente: Seriam esses ensaios para o fim do mundo? Estaríamos diante do que VAI NOS OCORRER mais cedo ou mais tarde, levando em consideração o ritmo frenético em que destruímos nossos recursos naturais e o nosso planetinha.

        Também não me arvoro em apontar o dedo para essa realidade que mais cedo ou mais tarde estará nos vitimando, talvez não a nós, as nossas gerações futuras, porém, gostaria sim de refletir de forma mais ampla: A industrialização dos Estados brasileiros respeitam alguma diretriz, a julgar pelo número de barragens e diques que romperam, acelerando por demais uma tragédia eminente.

        Nós todos sabemos os números de industrias de transformações instaladas no sul do país, tá na hora de chamar essas empresas a sua responsabilidade civil, se verificada sua responsabilidade efetiva, aliás a hora agora é de socorrer as pessoas, mas depois com o apoio da Academia apurar as responsabilidade desse evento.

        Por fim, precisamos ser realmente solidários, porém ter cuidado com os espertos de plantão que aproveitam o momento pra lançar "pix" de socorro das suas próprias contas, façam suas doações a instituições filantrópicas reconhecidas e ao poder público sim, pois ao contrário do que diz um humorista negro gaúcho, que a gente até compreende a indignação, o poder público precisa da nossa ajuda para promover o socorro, pois sozinho, ele não pode fazer muito.