quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Acidentes acontecem???

Será necessário morrer alguém para que as pessoas que pensam, estruturam, fiscalizam e operacionalizam o transporte público entenderem que ISSO NÃO É ACIDENTE?


Quando se pensa em uma acidente, se recorre a sua definição, que está ligada a uma fatalidade que foge ao controle ou que ocorre de forma inesperada, porém, quando olhamos para o transporte público do Brasil, e mais especificamente do Rio de Janeiro (que é a cidade desse escriba), o que as autoridades chamam de acidente, na verdade nada mais é que O RESULTADO DO DESCASO, DA FALTA DE INVESTIMENTO E PRINCIPALMENTE DA INCOMPETÊNCIA DE QUEM PLANEJA, FISCALIZA, GERE E OPERACIONALIZA transportes no Brasil, e eu vou usar os casos do Rio de Janeiro e todos os seus modais para dar exemplos de que tudo que acontece nesses transporte (tirando obviamente o que é considerado acidente) da falta de empenho de todos envolvidos na solução dos problemas.

TRANSPORTES RODOVIÁRIOS: Tanto na esfera estadual, como na esfera municipal (estou falando não apenas do minicípio do Rio de Janeiro, mas de outros municípios que compões o chamado grande Rio e Baixada Fluminense) existe um descaso quando a frequência e a constância da oferta do transporte, que ocasiona superlotação e em dias de calor excessivo como os atuais que tem sensação térmica de 50º, observa-se superlotação e veículos circulando com equipamentos de refrigeração desligados ou inoperantes além claro de janela lacradas ou obstruídas para não serem abertas, o que isso ocasiona, além do estresse ao passageiro? Problemas como doenças respiratórias e claro desconfortos que podem levar a desmaios por conta do calor, outro dia um perfil de rede social postou uma passageiro que QUEBROU O VIDRO DO VEÍCULO que estava com as janelas lacradas e CRIANÇAS passavam mau dentro do coletivo.
Qualquer um pode vir aqui e criticas, POXA EDUARDO, MAS DEPREDAR O ÔNIBUS NÃO É SOLUÇÃO... Até concordo, mas vamos olhar a criança de 2 anos que perdeu a vida presa por várias horas dentro de uma perua, e transplantar essa realidade para um ônibus cheio com várias pessoas respeirando o mesmo ar e crianças ficando sufocadas por conta de serem a parte mais frágil do problema, ATÉ EU, E FALO ISSO SEM MEDO DE SOFRER SANÇÃO ALGUMA, QUEBRARIA O VIDRO SE MEUS FILHOS DEPENDESSE DISSO PARA SOBREVIVER, portanto não venham com essa demagogia barata, afinal o empresário poderia ter evitado isso, era só não colocar o veículo em circulação.

TRANSPORTE FERROVIÁRIO: Ar condicionado é algo que funciona na SUPERVIA, mas só isso, os trens circulam super lotados, apenas de cada vez mais, perderem seu potencial de transporte de passageiros, o motivo? Gradual retirada de veículos de circulação, desmobilização de linhas expressas ou extraordinárias (para justamente conter a superlotação) e agora acidentes, como o que ocorreu na estação de Madureira com um CHOQUE entre trens (foto acima) que por mais que tenha sido leve, me leva a perguntar, E SE FOSSE UMA BELÍSSIMA PORRADA? As notas da SUPERVIA após o acidente eram CONFUSAS E PRINCIPALMENTE ESCONDIAM REALIDADES (disse que não houve feridos e houve, tendo um deles ido parar em hospitais da região), vai ser necessário que um choque padrão europeu onde morrem diversos e outras dezenas ou centenas ficam feridos pra gente fazer o meio de transporte funcionar com eficiência?

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO: Outro dia, após um choque uma barca operada pela iniciativa privada, sofreu um choque e ficou prejudicada na sua atividade, o que faz lembra que a CCR BARCAS que é a empresa que gere o empreendimento está lá "quase que obrigada" pelo fato de o incompetente governo do Estado do RIO DE JANEIRO na figura do Cláudio Castro, não ter realizado um estudo de viabilidade para licitar novamente o modal.
É bom lembrar que, todo investimento feito (compra de novas barcas e melhoria e construção de estações) foi custeado pelo Estado, a empresa pouco realizou de investimento, o que me faz pensar: COMO ESSA CONCESSÃO PODE TER CAUSADO PREJUÍZO A CCR?

Eu poderia escrever um livro, sobre a ineficiência da AGETRANSP na fiscalização de todos os problemas apresentados e na condução do processo de melhoria dos transportes realizado pela Imperatriz do Piranhão Eduardo Paes, que só tem olhos para o seu BRT, mas prefiro que o debate fique aberto por aqui e possamos juntos pensar saídas para o transporte de massa no Rio de Janeiro e no Brasil, já que a situação não é muito diferente em outras capitais.

 

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