segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A democracia ameaça pela própria democracia.

Eu poderia começar falando do quanto outras gerações lutaram, para que este blogueiro por exemplo, possa descer o cacete em quem lhe é de direito, aparado na boa liberdade de expressão.
Eu poderia, citar nomes como o de Rubens Paiva, Stuart Angel, Vladimir Herzog e outros que morreram, para que este blogueiro pudesse expressar suas opiniões. 
Eu poderia falar de um movimento chamado "Diretas Já" que assegurou não apenas a esse blogueiro, como a TODOS OS BRASILEIRO o sagrado e amplo direito ao sufrágio universal (mais conhecido como voto).
Eu poderia ainda, dizer que TODOS SOMOS IGUAIS PERANTE A LEI, que é um princípio democrático, apesar desse princípio estar carregado de "uns mais iguais que os outros", mas ainda sim, serve de respaldo para nossos protestos.
Mas olhando os cartazes empunhados em manifestações em todo o país (leia essa matéria antes de dizer que sou passional - http://www.gazetadopovo.com.br/m/conteudo.phtml?id=1510608), que pediam desde a recontagem dos votos (o que é justo e licita) até a volta do regime militar, eu me perguntei rápidamente: ESTARÍAMOS USANDO A DEMOCRACIA PARA MATAR A O PRÓPRIO REGIME DEMOCRÁTICO? Senão vejamos...
- A volta do regime militar, implicaria LÓGICO na redução dos direitos individuais, pois o exército, só consegue atuar efetivamente num estado de exceção, onde justamente essas garantias individuais são suprimidas em prol do "bem coletivo" apregoado pelos que estão no poder.
- Sabemos o quanto os militares regularam, IMPRENSA, TEATRO, CINEMA E OUTRAS FORMAS DE LIVRE MANIFESTAÇÃO, o que nos remete ao seguinte: SERÁ QUE OS MESMOS MANIFESTANTES QUE PINTARAM A BANDEIRA NACIONAL EM SEUS ROSTOS, SABEM QUE ELES NÃO PODERIAM FAZER ISSO NUM REGIME MILITAR?
- E por fim, A QUEM INTERESSA um regime de exceção? (essa eu deixo para quem desejar responder, eu mesmo não sei, aliás até sei, mas não sou besta de dizer assim tão frontalmente).
Nesse 3 de novembro, onde ESTE BLOGUEIRO que completa 40 anos e que passou pela redemocratização, vendo pessoas felizes por poder exercer um direito a que estes tinha sido negado, reflitam sobre se o extremismo pode levar alguém a algum lugar?

E é o que temos para hoje.
 

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