quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Eike Batista, enfim a bolha estourou...

Eu refleti imensamente sobre o que escreveria nesse POST 200 do nosso humilde blog, mas como eu não escreverei domingo em face do meu natalício e principalmente por ter várias coisas entaladas na garganta, acho que é hora do desabafo.

Eike Batista tinha tudo para ser o midas brasileiro, final tinha financiamento aos borbotões, governos agarrados ao seu saco, parceiros estrangeiros pontinhos para lhe oferecer caminhões de dinheiro em troca de suas posições privilegiadas, mas sua vaidade, empáfia e principalmente burrice, levaram no a um título não muito honroso: FRACASSADO.

Mas vamos discutir fatos, acusações infundadas não fazem o bom debate e muito menos o bom combate. A EGX que engloba um conglomerado enorme de empresas dos mais diversos setores sob a chancela de Eike, vinha mau das pernas a muito tempo, pois não conseguiu traduzir investimentos em produção que para o mercado é o resultado final de um empreendimento e eu vou dissecar cada uma das empresas e apontar exatamente ONDE ELE ERROU.

Comecemos pela OGX (Óleo e Gás) que foi o carro chefe de sua derrocada, ao contrair vários empréstimos (principalmente com o BNDES) e não produzir efetivamente o que esperava se, sua credibilidade foi ficando cada vez mais reduzida, um papel que já custou R$ 26,00 está reduzido a MICO, faltou a EIKE a capacidade de transformar DINHEIRO EM TECNOLOGIA não apenas de exploração, mas de recursos humanos capazes de explorar Tubarão como deveria.

OSX (A offshore do Grupo) para quem não sabe OFFSHORE quer dizer INFRA ESTRUTURA NAVAL, a ideia de criar uma subsidiária naval aos moldes da TRANSPETRO (antiga FRONAPE) parecia bastante interessante, porém a maior empresa de construção naval do País (que está no Super Porto de Açu, outra cartada mal estruturada de Eike) NUNCA PRODUZIU UM NAVIO SEQUER... Apesar de ter montado (eu disse montado e não produzido) algumas plataformas.

MPX (a empresa de energia do Grupo) Petróleo produz gás e gás é um ativo extremamente interessante, mas se você não produz petróleo, também não produz gás o suficiente, portanto esta empresa de energia, está vivendo apenas da produção de energia solar e eólica no nordeste brasileiro, experiência que aliás merece imenso destaque, porém ficou contaminada pela megalomania dos Batista.

LLX (Logística) Gosto especialmente de falar dessa empresa que deveria ser isolada imediatamente do grupo EBX e gerida sem sua influência. A LLX tem experiência interessantes como a administração de ferrovias de escoamento e da infra estrutura de seu maior produto O SUPER PORTO DO AÇU cujo projeto ambicioso e muito futurista, esbarrou na sua truculência no trato com o estado e na esperteza dos Chineses que ao perceber que o BARCO DOS BATISTA FAZIA ÁGUA, largaram mão e creio não terem se arrependido.
O Super porto do Açu poderia sem dúvida alguma ser a mola mestra do grupo EBX já que apenas de carente de energia, o BRASIL é carente mesmo é de LOGÍSTICA coisa que o governo federal não sabe administrar, gerir e nem delegar (AFINAL SUAS CONCESSÕES SÃO UM LIXO)

MMX (Mineradora) a mãe das empresas do grupo EBX, foi a mola mestra entregue a Eike por seu pai (Eliezer) que fora ministro de Assuntos Estratégicos de Collor e Pres. da Vale do Rio Doce no Governo Figueiredo. Eike é o que é graças as informações privilegiadas do pai concentrada na questão mineral. Está obviamente contaminada pelo insucesso do GRUPO EBX e fadada a ser vendida a preço de banana (quem vai querer...)

CCX (desmembrada da MMX é a empresa de extração de carvão do grupo EBX) também ia muito bem, até a EBX degringolar, ainda tem salvação, desde que fora da influência de Eike.

AUX (era o embrião de uma empresa de extração de ouro) mas como não passava de um embrião, sua tendencia é desaparecer.

REX (A empresa de empreendimentos imobiliários do GRUPO EBX) Suas empreitadas iam desde empreendimentos imobiliários no entorno do Açu até a restauração e exploração do antigo HOTEL GLÓRIA (que está parada, e todos sabem por quê né), sabe aquela empresa criada para pegar as rebarbas das empreitadas do grupo... Ainda sim, pode ter futuro, desde que desmembrada do Grupo EBX e bem administrada.

SIX é a empresa de Soluções Tecnológicas e semicondutores do grupo, tinha a ambiciosa missão de tornar o grupo EBX autosuficiente de tecnologia, o que pessoalmente acho impossível com a carência de profissionais gabaritados na área aqui no Brasil (afinal nosso Vale do Silício fica em Pernambuco e não recebe os incentivos que deveria e as universidades ainda não formam para isso), porém as parcerias firmadas com empresas muito fortes como IBM e MATEC poderiam colocar sim a SIX numa rota de desenvolvimento, infelizmente EIKE ESTRAGOU TUDO.

As outras empresas estão ligadas a: Concessão do Maracanã, Catering e transporte aéreo Offshore, um restaurante e pasmem senhores até um Barco (que Eike chama de "para grandes eventos" o "Pink Fleet", fora outros empreendimentos que ele entrava como sócio, aliás foi a diversificação de seus negócios e principalmente sua "boa vontade" em capitanear recursos que o levou a derrocada.

A capa de um jornal americano, que juro, não me lembro o nome, dizendo que morria o sonho brasileiro, me parece simplória e intimista, alavancado pelo BNDES, costumava (EU) chamar Eike Batista de NOSSA BOLHA QUE ANDA E FALA.

Os próximos capítulos corroboraram com minhas análises e meus temores, agora senhores apertem os cintos, o nariz de nossa economia está apontado para o chão, estamos em queda vertiginosa e a culpa atende por EBX...

É o que temos para hoje.

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