segunda-feira, 5 de julho de 2021

Encruzilhada

Nunca uma segunda feira foi tão agitada na política nacional, e o escândalo da vez tem nome e apelido: Nome: Peculato praticado por agente público no exercício de mandato parlamentar. Apelido carinhoso: Rachadinha.

A prática dessa modalidade de corrupção é mais velha que a prostituição e mais praticada que sexo em escada de condomínio (ah meus tempos), além disso engana se quem acha que é uma prática de um lado ou outro, dos liberais aos conservadores, dos democratas aos republicanos, dos ruralistas a bancada da bala, dos evangélicos aos católicos, da esquerda a direita, TODO GABINETE POLÍTICO TEM UMA FORMA DE GARANTIR A APOSENTADORIA DO PARLAMENTAR OU A PERMANÊNCIA NA POLÍTICA BANCANDO CAMPANHA OU ESTRUTURAS DE PODER PARALELAS, não é uma suposição, é uma afirmação.

Rachadinha, vaquinha de campanha, manutenção do coletivo ou apenas "o meu" afinal todos os parlamentares tem a convicção de que os mandatos são seus e não dos que eles representam, são maneiras de mostrar que a corrupção na política não se limita ao executivo em seus orçamentos suntuoso e seus aparatos intermináveis, está num gabinete de Senador, de Deputados e vereador indo parar nos condomínios e associações de moradores.

Uma introdução longa como acabei de fazer só ilustrar a encruzilhada política em que se meteram os Bolsonaros, encruzilhada com apenas duas hipóteses distintas:

A honrosa: Vir a público admitir o peculato e a escalada da corrupção existente no seu governo, apontando caminhos eventuais para endireitar nossa política, ou

A truculência: Negar até a morte, chamar os denunciantes de mortos de fome, os parlamentares que vão querer sua cabeça de hipócritas, a imprensa de canalhas, enfim o teatro dos vampiros que se tornou a via crusis de nossas vidas.

Mais uma jogada do xadrez em que somos meros peões, caindo e sucumbindo aos milhares e esperando que "o super homem venha nos restituir a glória".

Nenhum comentário:

Postar um comentário