Olha nós aqui novamente, Só que dessa vez a porrada é em cima da esquerda da qual eu faço parte, ou acho que faço.
Tanto se falou e se fala até hoje como Getúlio Vargas (esse mesmo do filme que está em cartaz) aparelhou e atrelou os sindicatos de classe a sua vontade, certo? Certo...
Muitos intelectuais foram enfáticos em dizer que: "Essa relação estabelecido por Vargas foi justamente o que enfraqueceu os sindicatos, blá, blá, blá..."
Passado muitos anos, vemos os mesmos intelectuais e políticos que faziam essas críticas agindo da mesmo forma e mais, vemos hoje que os sindicatos de classe estão cada vez mais alinhados com o do patronato.
O caso mais emblemático é justamente o do Sindicato dos Rodoviários do Município do Rio de Janeiro, que aliou se as mais variadas instâncias da Fetranspor (Federação das Empresas de Transporte do Estado do RJ) e a Rio ônibus (Entidade que representa os donos de empresas de ônibus no Rio de Janeiro) para promover arrocho salarial e principalmente ajudar a criar o cartel dos empresários desse setor na cidade.
Parece que existe algum exagero nas minhas palavras, mas não existe, quando trabalhadores, a revelia do seu sindicato de classe, vão a luta contra a espoliação do seu patrão, é sinal que este sindicato não lhe representa mais e que a máquina sindical não é mais a voz dos empregados e sim o "capataz do patrão".
Principalmente quando na cidade cujo prefeito, entrega os transportes públicos de bandeja para os empresários, fazendo os pequenos (transporte alternativos) ficarem a margem do sistema e num momento de contingência não poder contar com eles pela sua quase aniquilação, se percebe que os tais "grandes eventos" como os sociólogos estão chamando Copa e Olimpíadas, tem mais importância que o cidadão.
Por isso é lítico sim que as classes se rebelem justamente nesse momento, afinal a pergunta parece cada vez mais ter sentido "O poder realmente é exercido em prol do povo?"
Reflita sobre isso e depois tente manter seu sorriso no rosto.
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